|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Pesquisadora analisa HQ paulistana
DA REPORTAGEM LOCAL
Locomotiva do país é coisa do
passado. Na opinião da pesquisadora e professora da Unisantos
Sonia Luyten, São Paulo foi motor
da "consolidação das histórias em
quadrinhos, da imprensa brasileira e do parque editorial do país".
Em palestra promovida hoje no
Instituto Histórico e Geográfico
de São Paulo, Luyten, que é autora
dos livros "O Que É História em
Quadrinhos" (ed. Brasiliense) e
"Mangá, o Poder dos Quadrinhos
Japoneses" (ed. Hedra), apresenta
os resultados de uma pesquisa
que procura traçar as ligações de
Angelo Agostini, imigrante italiano radicado em SP e considerado
o pai da HQ brasileira, até Mauricio de Sousa, criador dos personagens da Turma da Mônica e um
dos mais bem-sucedidos artistas
de quadrinhos do país hoje.
A jornada da pesquisadora, que
também ajudou a criar a primeira
cadeira de Histórias em Quadrinhos do Brasil na Escola de Comunicações e Artes da USP, em
1972, tem como escalas obrigatórias o período da "Gazetinha", popular suplemento infantil dos
anos 30; a explosão dos quadrinhos de terror nas décadas seguintes, com nomes como Rodolpho Zalla, Nico Rosso e Flávio Colin; o "udigrudi" paulistano das
revistas alternativas da década de
70; e ainda "a maior HQ do mundo", feita no Bexiga, nos anos 80, e
devidamente registrada no livro
"Guinness of Records".
"A história das histórias em
quadrinhos do Brasil é um rico
documento que conta em imagens seqüenciais a vida do país
em todos os sentidos. Ela revela a
busca da identidade nacional
através de seus heróis em todas as
regiões do país e principalmente a
garra dos desenhistas que, apesar
das adversidades políticas e econômicas, nunca desistiram de
criar", resume Luyten.
O evento faz parte do ciclo História da Comunicação - Itinerário
da Mídia em São Paulo, que teve
início em março passado e se estende até o próximo dia 7/6.
(DA)
QUADRINHOS PAULISTANOS: DE
ANGELO AGOSTINI A MAURICIO DE
SOUSA. Palestra com a profª Sonia
Luyten. Quando: hoje, às 15h30. Onde:
Instituto Histórico e Geográfico de São
Paulo (r. Benjamim Constant, 158, região
central, tel. 0/xx/11/3242-3582).
Quanto: entrada franca.
Texto Anterior: Humor: Memorial dá abrigo a salão piracicabano Próximo Texto: Patrimônio: Fambra lança projeto de incentivo à conservação de monumentos Índice
|