São Paulo, segunda-feira, 31 de maio de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Pesquisadora analisa HQ paulistana

DA REPORTAGEM LOCAL

Locomotiva do país é coisa do passado. Na opinião da pesquisadora e professora da Unisantos Sonia Luyten, São Paulo foi motor da "consolidação das histórias em quadrinhos, da imprensa brasileira e do parque editorial do país".
Em palestra promovida hoje no Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, Luyten, que é autora dos livros "O Que É História em Quadrinhos" (ed. Brasiliense) e "Mangá, o Poder dos Quadrinhos Japoneses" (ed. Hedra), apresenta os resultados de uma pesquisa que procura traçar as ligações de Angelo Agostini, imigrante italiano radicado em SP e considerado o pai da HQ brasileira, até Mauricio de Sousa, criador dos personagens da Turma da Mônica e um dos mais bem-sucedidos artistas de quadrinhos do país hoje.
A jornada da pesquisadora, que também ajudou a criar a primeira cadeira de Histórias em Quadrinhos do Brasil na Escola de Comunicações e Artes da USP, em 1972, tem como escalas obrigatórias o período da "Gazetinha", popular suplemento infantil dos anos 30; a explosão dos quadrinhos de terror nas décadas seguintes, com nomes como Rodolpho Zalla, Nico Rosso e Flávio Colin; o "udigrudi" paulistano das revistas alternativas da década de 70; e ainda "a maior HQ do mundo", feita no Bexiga, nos anos 80, e devidamente registrada no livro "Guinness of Records".
"A história das histórias em quadrinhos do Brasil é um rico documento que conta em imagens seqüenciais a vida do país em todos os sentidos. Ela revela a busca da identidade nacional através de seus heróis em todas as regiões do país e principalmente a garra dos desenhistas que, apesar das adversidades políticas e econômicas, nunca desistiram de criar", resume Luyten.
O evento faz parte do ciclo História da Comunicação - Itinerário da Mídia em São Paulo, que teve início em março passado e se estende até o próximo dia 7/6. (DA)


QUADRINHOS PAULISTANOS: DE ANGELO AGOSTINI A MAURICIO DE SOUSA. Palestra com a profª Sonia Luyten. Quando: hoje, às 15h30. Onde: Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo (r. Benjamim Constant, 158, região central, tel. 0/xx/11/3242-3582). Quanto: entrada franca.


Texto Anterior: Humor: Memorial dá abrigo a salão piracicabano
Próximo Texto: Patrimônio: Fambra lança projeto de incentivo à conservação de monumentos
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.