São Paulo, terça-feira, 31 de maio de 2011

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De volta às origens

"X-Men: Primeira Classe" segue caminho cada vez mais comum em Hollywood, ao contar origem de personagens conhecidos; atores já têm contrato para continuação

Fotos Divulgação
Nicholas Hoult, James McAvoy, Michael Fassbender, Jennifer Lawrence no novo ‘X-Men’

VAGUINALDO MARINHEIRO
DE LONDRES

O cinema comercial de Hollywood sempre primou por ter histórias com começo, meio e fim.
Agora, cada vez mais, os estúdios vão em busca de dinheiro fácil com o início de histórias cujo meio e fim o público já conhece.
É o caso de "X-Men: Primeira Classe", que estreia na sexta. Como a série rende boa bilheteria com as histórias de Wolverine e companhia, por que não começar uma nova mostrando a origem de outros personagens?
"A série com o Wolverine tem sua carreira de sucesso e não quisemos interferir nela. Resolvemos apostar em outra, que foca no Professor X e no Magneto", afirma Bryan Singer, produtor e autor da ideia para o longa.
Os filmes dois e três vão depender, é claro, da bilheteria deste, mas os atores já assinaram um contrato para fazê-los.
A ideia, diz Singer, foi responder a algumas perguntas do público que acompanhou a história dos mutantes no cinema.
Por exemplo, por que Charles e Magneto estão em lados opostos: o primeiro acredita na humanidade e quer salvá-la com a ajuda dos mutantes do bem; o segundo é descrente e tem sua legião do mal. Por que Charles está numa cadeira de rodas?
"A vontade de contar essa história prévia apareceu quando dirigia o "X-Men 1". O Patrick Stewart (ator que interpreta Charles Xavier nos primeiros filmes) me perguntou um dia: como meu personagem acaba numa cadeira de rodas? Respondi: você quer a história dos quadrinhos ou a minha? Ele disse, a sua. Contei, ele gostou e é a que está no filme agora", disse Singer, durante entrevista em Londres.
A ação se passa nos anos 60, durante a crise dos mísseis entre os EUA e a então União Soviética que quase levou o mundo a uma guerra nuclear.
Charles Xavier era ainda um aluno da Universidade Oxford, que sabia de seus poderes de telepata, mas desconhecia a quantidade de mutantes no mundo.
Por meio da CIA (agência de inteligência dos EUA), ele conhece Erik Lehnsherr, que depois adotaria o nome de Magneto por sua capacidade de atrair e manipular metais.
Se tornam amigos e depois adversários.
Apesar do tema sério (o perigo nuclear), o filme é muito mais leve e bem humorado que os demais "X-Men".
"O que os outros filmes da série "X-Men" não tinham? Algo mais sensual e um pouco de comédia. Então foi ótimo ter esses elementos agora. São muito chatos os filmes sobre super-heróis que se levam muito a sério", afirmou à Folha James McAvoy, que interpreta Xavier.
Ele esteve em outra série de sucesso, "As Crônicas de Nárnia", em que interpretava o senhor Tumnus.
Segundo Singer, se o público gostar dessas pinceladas de humor, talvez o próximo filme revele por que o Professor X ficou careca.


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