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Polícia já apreendeu 158 peças desde abril
CARLOS HENRIQUE SANTIAGO
da Agência Folha, em Belo Horizonte
A Polícia Civil de Minas Gerais já
identificou os integrantes de uma
quadrilha que roubou cerca de
cem imagens de igrejas e museus
mineiros nos últimos quatro anos.
As peças roubadas eram levadas
principalmente para São Paulo.
Dois acusados de integrar a quadrilha, Marcos Machado e Walter
Antônio Gomes, estão presos na
Superintendência da Polícia Federal de Belo Horizonte desde abril,
quando foram capturados durante
uma tentativa frustrada de roubo
perto de Mariana (MG).
A partir da prisão deles, já foram
recuperadas, em antiquários de
Campinas e São Paulo, nos últimos quatro meses, 158 peças roubadas, incluindo as 82 apreendidas na segunda-feira passada. A
polícia também identificou como
participante da quadrilha Daniel
Toledo da Silva, ex-funcionário do
Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo, que foi indiciado e
permanece em liberdade.
A quadrilha começou a ser investigada pela Delegacia Regional
de São João Del Rei (MG) em 1994,
quando houve um roubo de imagens sacras do século 18 na cidade
histórica de Tiradentes (MG).
Segundo o padre Ademir Longatti, foram levadas uma imagem
de Nossa Senhora das Dores e outra de Nossa Senhora dos Remédios. O padre disse que a imagem
de Nossa Senhora dos Remédios
foi a primeira peça a ser recuperada, ao ser reconhecida em Tiradentes no ano passado, quando
uma antiquária tentava vendê-la
na mesma cidade.
Até ontem, policiais de São João
Del Rei ainda permaneciam em
São Paulo para buscar indícios
contra receptadores e antiquários
paulistas.
O delegado regional de São João
Del Rei, Ademir Quintino, foi procurado por telefone, mas se negou
a falar com a reportagem da Agência Folha.
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