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crítica
Ficção não é ameaça à história real
DA REPORTAGEM LOCAL
Seriados históricos
não são fáceis de
executar. Os roteiristas precisam fazer malabarismos para manter a
trama interessante e novelesca sem trair os pilares
do drama real que contam.
As críticas geralmente
acusam essas séries de
anacronismo ou de romantizar demais passagens e relações pessoais.
Enfrentar o desafio contém ainda um outro risco,
de investimento, pois programas de época costumam custar caro, já que é
necessário reconstruir um
universo como ele era há
muito tempo atrás.
Casos em que a difícil
equação é resolvida, porém, estão se tornando comuns, como "Roma",
"Deadwood" e, agora,
"The Tudors".
A série, escrita por Michael Hirst, ganhou tratamento de filme hollywoodiano. Não só uma Inglaterra do século 16 foi montada entre monumentos
históricos de Londres e
paisagens do interior da
Inglaterra e da Irlanda, como também as cortes de
Lisboa e Paris, além da sede do papado, Roma.
A segunda temporada
contém o que se passou de
mais interessante na trajetória da dinastia inglesa. O
rompimento com a Igreja,
o caso de Henrique 8º com
Ana Bolena e sua coroação
como rainha seguida de
sua queda fulminante.
A excelente atuação de
alguns membros do elenco
garantem o êxito da empreitada. Além de Jonathan Rhys Meyers, que opta por fazer de seu Henrique 8º um popstar de seu
tempo, destacam-se Dormer como uma Bolena
ambígüa e irresistível, e
Jeremy Northam, que vive
o difícil papel de Thomas
More, o autor de "Utopia".
Nesta temporada, ainda,
surge Peter O'Toole, no
papel do papa Paulo 3º.
Uma versão light, sem
cenas de sexo, será exibida
às quartas, às 21h, a partir
de 3 de setembro. Essa é
para deixar de lado.
(SC)
THE TUDORS
Quando: quintas, às 22h
Onde: no People & Arts
Avaliação: ótimo
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