São Paulo, domingo, 31 de agosto de 2008

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crítica

Ficção não é ameaça à história real

DA REPORTAGEM LOCAL

Seriados históricos não são fáceis de executar. Os roteiristas precisam fazer malabarismos para manter a trama interessante e novelesca sem trair os pilares do drama real que contam.
As críticas geralmente acusam essas séries de anacronismo ou de romantizar demais passagens e relações pessoais.
Enfrentar o desafio contém ainda um outro risco, de investimento, pois programas de época costumam custar caro, já que é necessário reconstruir um universo como ele era há muito tempo atrás.
Casos em que a difícil equação é resolvida, porém, estão se tornando comuns, como "Roma", "Deadwood" e, agora, "The Tudors".
A série, escrita por Michael Hirst, ganhou tratamento de filme hollywoodiano. Não só uma Inglaterra do século 16 foi montada entre monumentos históricos de Londres e paisagens do interior da Inglaterra e da Irlanda, como também as cortes de Lisboa e Paris, além da sede do papado, Roma.
A segunda temporada contém o que se passou de mais interessante na trajetória da dinastia inglesa. O rompimento com a Igreja, o caso de Henrique 8º com Ana Bolena e sua coroação como rainha seguida de sua queda fulminante.
A excelente atuação de alguns membros do elenco garantem o êxito da empreitada. Além de Jonathan Rhys Meyers, que opta por fazer de seu Henrique 8º um popstar de seu tempo, destacam-se Dormer como uma Bolena ambígüa e irresistível, e Jeremy Northam, que vive o difícil papel de Thomas More, o autor de "Utopia".
Nesta temporada, ainda, surge Peter O'Toole, no papel do papa Paulo 3º.
Uma versão light, sem cenas de sexo, será exibida às quartas, às 21h, a partir de 3 de setembro. Essa é para deixar de lado. (SC)


THE TUDORS
Quando:
quintas, às 22h
Onde: no People & Arts
Avaliação: ótimo



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