|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Palco de rock
abriga "esquisitos" do evento carioca
COLUNISTA DA FOLHA
Só dá banda esquisita na noite rock do TIM Festival, hoje. A
começar pelo começo. Desconhecida até em sua região, Detroit, o Whirlwind Heat apresenta seu rock sem guitarras
abrindo os trabalhos no palco
principal do MAM. Indicação
de Jack White, uma das metades do White Stripes, o grupo é
tão esquisito que até tem um
(bom) disco lançado no Brasil,
pela Sum Records.
Depois alegra os cariocas o
paulistaníssimo Fellini, que joga suas fichas na fama de banda
cult dos anos 80, porque nem
em atividade o grupo se encontrava atualmente.
Na sequência aparecem os
galeses do Super Furry Animals, queridíssimo nome no
Reino Unido que se autodenomina "animais superpeludos"
e busca arduamente se encaixar na cena inglesa atual, depois que o britpop acabou.
O grupo teve seu mais recente álbum, "Phantom Power",
lançado no Brasil pela Sony.
O TIM Stage depois recebe o
Rapture, que tanto pode fazer
um show inesquecível de bom
quanto inesquecível de ruim,
dada a inconstância de humor
e de entrosamento da banda
com os instrumentos na hora
da performance ao vivo. Mas,
ainda, dá para apostar que vai
ser mesmo inesquecível.
Depois é só sair o Rapture para as luzes todas focarem Jack e
Meg White, o casal de vermelho e branco (e às vezes preto)
que deve justificar por que é
um dos mais valiosos, singulares e badalados shows do novo
rock.
A esquisitice do WS não está
só no jeito bicolor de se vestir e
no "mistério" que envolve os
laços passados de Jack e Meg.
Nem no fato de a banda não ter
baixo e Jack White tocar guitarra como se fosse uma banda de
pelo menos três guitarristas.
Nem apenas na questão da
confiabilidade de seu dedo da
mão esquerda recém-fraturado
e com três pinos, que impede
bem seu movimento e a articulação de notas. Pensando bem,
o White Stripes é a banda mais
esquisita da noite esquisita. E
imperdível.
E a cereja do bolo pop vai entrar horas depois do White
Stripes, quando o palco principal se transformar no After
Hours. É o celebrado DJ inglês
Erol Alkan, cuja esquisitice (já
que esse é o tema) é ter conquistado fama no reino da música eletrônica tocando rock.
(LR)
Veja programação e ouça músicas do
TIM Festival em www.folha.com.br/especial/2003/timfestival
Texto Anterior: Frase Próximo Texto: Mônica Bergamo Índice
|