São Paulo, terça-feira, 31 de outubro de 2006

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Crítica

Duo Daft Punk faz a festa em São Paulo

MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL

RONALDO EVANGELISTA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Por volta de uma da manhã, o Tim paulista se resumia dessa maneira: o Mombojó fora testemunhado, o TV on the Radio impactara, o Thievery Corporation enrolara, o Yeah Yeah Yeahs fora idolatrado por fãs.
No salão, já se via a maior concentração de público da noite. E o Daft Punk chegou com impacto, fazendo um show com a intenção única e direta de impressionar a audiência, aberto com "Robot Rock".
No palco, centrado pela pirâmide hi-tech onde a dupla se apresenta, a cada momento há algo novo. Luzes brilham, imagens aparecem: o jogo de cena é grandioso, fascinante e, é verdade, meio cafona.
É um futurismo kitsch, fazendo seu eu-robô se perguntar se eram os deuses DJs. Ou se ainda o são.
A dupla fica no centro do palco fazendo figuração, com seus capacetes à Power Rangers e sua completa absorção, como se estivessem jogando uma partida de Tetris enquanto o show acontece.
O Daft Punk é uma banda de conceitos, e foi exatamente isso que eles trouxeram ao Brasil. A humanização da máquina em um mundo pós-Kraftwerk é o conceito do momento, e é bem curioso o quanto o show deles é irreal, desbundante. E é curioso vê-los robóticos, distantes, enquanto a música vai enlouquecendo o público -em especial em "Around the World" e "One More Time"- , em que as reações beiraram a histeria.


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