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Crítica
Duo Daft Punk faz a festa em São Paulo
MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL
RONALDO EVANGELISTA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Por volta de uma da manhã, o Tim paulista se
resumia dessa maneira:
o Mombojó fora testemunhado, o TV on the Radio impactara, o Thievery Corporation
enrolara, o Yeah Yeah Yeahs fora idolatrado por fãs.
No salão, já se via a maior
concentração de público da
noite. E o Daft Punk chegou
com impacto, fazendo um show
com a intenção única e direta
de impressionar a audiência,
aberto com "Robot Rock".
No palco, centrado pela pirâmide hi-tech onde a dupla se
apresenta, a cada momento há
algo novo. Luzes brilham, imagens aparecem: o jogo de cena é
grandioso, fascinante e, é verdade, meio cafona.
É um futurismo kitsch, fazendo seu eu-robô se perguntar
se eram os deuses DJs. Ou se
ainda o são.
A dupla fica no centro do palco fazendo figuração, com seus
capacetes à Power Rangers e
sua completa absorção, como
se estivessem jogando uma
partida de Tetris enquanto o
show acontece.
O Daft Punk é uma banda de
conceitos, e foi exatamente isso
que eles trouxeram ao Brasil. A
humanização da máquina em
um mundo pós-Kraftwerk é o
conceito do momento, e é bem
curioso o quanto o show deles é
irreal, desbundante. E é curioso
vê-los robóticos, distantes, enquanto a música vai enlouquecendo o público -em especial em "Around the World" e "One
More Time"- , em que as reações beiraram a histeria.
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