Em sua estréia como regente de música vocal, João Carlos Martins se apresenta com a mezzo-soprano Celine Imbert

Em novembro, maestro dirige execução da "Sinfonia n.9", de Beethoven, na Sala São Paulo, e ganha biografia escrita por Luciano Nassar

IRINEU FRANCO PERPETUO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

João Carlos Martins faz hoje seu primeiro concerto como regente de música vocal. Ele encerra a temporada 2006 da Bachiana Filarmônica com a mezzo-soprano Celine Imbert, que canta, no Cultura Artística, árias de óperas francesas, incluindo a célebre "Habanera", da "Carmen", de Bizet.
Em sua recente carreira de maestro, Martins tem acompanhado preferencialmente instrumentistas. "Você tem que estar firme na técnica de regência para poder acompanhar a liberdade de um cantor solista", afirma. No bis, ele deve se encaminhar ao piano, instrumento que o projetou no cenário musical, para interpretar, com Imbert, a "Ave Maria", de Gounod.

Extra-temporada
Como concerto extra-temporada, Martins dirige, na Sala São Paulo, no dia 22 de novembro, uma execução da "Sinfonia n.9", de Beethoven. No mesmo mês, a Editora Campos deve lançar "A Saga das Mãos", biografia do artista, escrita pelo jornalista Luciano Nassar.
"O livro conta todas as historinhas da minha vida, envolvendo personagens como Bob Hope, Dave Brubeck, Zubin Mehta, Itzhak Perlman e Daniel Barenboim", enumera o regente, que falou à Folha por telefone, de Nova York, onde acertava a primeira turnê internacional da Bachiana.
A orquestra deve tocar em 6 de janeiro do ano que vem, no Carnegie Hall, um programa com obras de Bach e Villa-Lobos, além da "Suíte Amazonas", do belga Stefan Meylaers.
Tendo lançado recentemente o documentário "Rêverie Sonho", dirigido por Jonathan Kennivé e Tim Heirman, e o CD "Bach Concertos em Ré Menor", o artista inclui, em seus planos fonográficos para o próximo ano, um disco duplo, com trechos instrumentais das cantatas de Bach.