São Paulo, terça-feira, 31 de outubro de 2006

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Crítica

Terror "classudo" de Kubrick soa muito pedante

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Todos têm os seus gostos, tudo bem. Mas às vezes, manifestar uma preferência parece confissão. Eu, por exemplo, tenho mil vezes mais prazer em rever "Carrie, a Estranha", do que "O Iluminado" (Universal Channel, 23h).
Digo mais um pouco: embora "O Iluminado" provoque uma fria admiração, tenho a sensação de estar diante de um filme extremamente pedante, como se ele quisesse me dizer a cada "take": "Olha, eu sou um filme de terror, mas não como esses filmes de terror que você costuma ver. Eu tenho classe". E Jack Nicholson aparece como a prova final dessa afirmação.
Confesso um pouco mais: a maior parte dos filmes de Stanley Kubrick anda me aborrecendo profundamente, com exceção de "O Grande Golpe", de "Laranja Mecânica", este, de fato, um filme e tanto.
Dizem que Kubrick era um grande artista e, pessoalmente, um grande chato. Sobre a primeira afirmativa, o tempo dará a resposta final.

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