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Dólar caro empobrece temporada
JOÃO BATISTA NATALI
DA REPORTAGEM LOCAL
A Sociedade de Cultura Artística e o Mozarteum Brasileiro renderam-se, para suas temporadas
de 2003, a condições duplamente
adversas: a cotação do dólar para
o pagamento de músicos estrangeiros e a impossibilidade de contar com o co-patrocínio de entidades argentinas de concerto para
o financiamento das turnês.
Diante disso, as duas sociedades
paulistas fecharam programações
bem menos ambiciosas. O dólar
subiu, em um ano, 54%. Mas seria
impossível aumentar na mesma
proporção as cotas dos patrocinadores e o preço das assinaturas e
ingressos. A solução foi a de promover temporadas mais baratas.
Além disso, os músicos que chegam a São Paulo habitualmente se
apresentavam também em Buenos Aires, o que representava
uma divisão de custos. A crise
econômica argentina tornou quase proibitiva a importação de espetáculos de música clássica. O
fôlego brasileiro para patrocinar
sozinho as turnês é, então, agora
mais curto (veja quadro ao lado).
Excetuada a Orquestra da Filadélfia, que se apresenta pelo Mozarteum em março, há a preponderância de conjuntos de câmara
ou de orquestras que, mesmo de
bom padrão, não ocupam o topo
da lista de maior prestígio mundial da música erudita.
O maestro Riccardo Chailly regerá a Orquestra Verdi de Milão.
Outros dois grandes maestros serão Ivan Fischer, com a Orquestra
Festival de Budapeste, e Eiji Oue,
com a Rádio de Hannover.
Quanto à música de câmara, pelo Cultura Artística virão o quarteto Alban Berg e Antonio Menezes (violoncelo), que tocará com
Menahem Pressler (piano).
Pelo Mozarteum, destaque para
Frank Peter Zimmermann (violino) e Paul Meyer (clarineta), que
será o solista da Rádio Hannover.
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