São Paulo, terça-feira, 31 de dezembro de 2002

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Dólar caro empobrece temporada

JOÃO BATISTA NATALI
DA REPORTAGEM LOCAL

A Sociedade de Cultura Artística e o Mozarteum Brasileiro renderam-se, para suas temporadas de 2003, a condições duplamente adversas: a cotação do dólar para o pagamento de músicos estrangeiros e a impossibilidade de contar com o co-patrocínio de entidades argentinas de concerto para o financiamento das turnês.
Diante disso, as duas sociedades paulistas fecharam programações bem menos ambiciosas. O dólar subiu, em um ano, 54%. Mas seria impossível aumentar na mesma proporção as cotas dos patrocinadores e o preço das assinaturas e ingressos. A solução foi a de promover temporadas mais baratas.
Além disso, os músicos que chegam a São Paulo habitualmente se apresentavam também em Buenos Aires, o que representava uma divisão de custos. A crise econômica argentina tornou quase proibitiva a importação de espetáculos de música clássica. O fôlego brasileiro para patrocinar sozinho as turnês é, então, agora mais curto (veja quadro ao lado).
Excetuada a Orquestra da Filadélfia, que se apresenta pelo Mozarteum em março, há a preponderância de conjuntos de câmara ou de orquestras que, mesmo de bom padrão, não ocupam o topo da lista de maior prestígio mundial da música erudita.
O maestro Riccardo Chailly regerá a Orquestra Verdi de Milão. Outros dois grandes maestros serão Ivan Fischer, com a Orquestra Festival de Budapeste, e Eiji Oue, com a Rádio de Hannover.
Quanto à música de câmara, pelo Cultura Artística virão o quarteto Alban Berg e Antonio Menezes (violoncelo), que tocará com Menahem Pressler (piano).
Pelo Mozarteum, destaque para Frank Peter Zimmermann (violino) e Paul Meyer (clarineta), que será o solista da Rádio Hannover.



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