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TELEVISÃO
Novelas da Globo despencam com verão
Zé Paulo Cardeal/TV Globo
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MACARRONADA Gianfrancesco Guarnieri grava "A Festa do Nono", programete da série "SP Instantâneo", que a Globo exibe no dia 25 de janeiro, nas comemorações dos 450 anos de São Paulo
DANIEL CASTRO
COLUNISTA DA FOLHA
Novela que prometia ser uma das maiores audiências do horário de todos os tempos, "Kubanacan", atual das 19h da Globo, perdeu 14% de sua audiência desde a estréia, em maio, até novembro.
A trama estreou com média mensal de 36 pontos, subiu para 37 em julho, caiu para 34 em outubro e fechou novembro com 31 pontos na Grande São Paulo.
A queda entre outubro e novembro se deve ao horário de verão, que afasta telespectadores da frente da TV. Nos demais meses, a culpa é da própria novela, que, entre reviravoltas mirabolantes e sumiços inexplicáveis de personagens, acabou ficando confusa para parte dos telespectadores.
Mesmo com a queda de "Kubanacan", que termina em janeiro, a Globo não perdeu audiência para as concorrentes. Os telespectadores que se desinteressaram pela novela simplesmente desligaram seus televisores. Em maio, no horário de "Kubanacan", 58% dos televisores da Grande São Paulo estavam ligados; em novembro, eram 50% (queda de 14%).
"Chocolate com Pimenta", novela das seis, que em setembro marcou média de 35 pontos, também despencou para 31 em novembro. E "Celebridade", que estreou em outubro com 43 pontos, caiu em novembro para 41. Mesmo assim, as audiências das três novelas são consideradas satisfatórias pela Globo. Cada ponto no Ibope na Grande SP equivale a cerca de 48,5 mil domicílios.
OUTRO CANAL
Tendência 1
Pesquisa do Instituto Qualibest mostra que, para 18%
dos telespectadores, a TV aberta brasileira melhorou em 2003, em
relação a 2002. Para 32%, a TV piorou e, para 50%, continuou na
mesma. Em 2004, vai piorar para 29%, melhorar para 25% e
continuar igual para 46%. O Qualibest pesquisou 173
telespectadores, pela internet, entre os dias 4 e 23 de dezembro.
Tendência 2
Já a aprovação da TV paga é melhor. Apenas 10% dos
entrevistados disseram que ela piorou em 2003; 40% acreditam que
melhorou e 50% afirmaram que continuou na mesma. A
perspectiva para 2004 é a seguinte: vai melhorar para 43%, piorar
para 4% e continuar igual para 53%.
Paredão 1
John de Mol, 48, o ex-DJ de rádio pirata que criou o
formato de "Big Brother", vai deixar definitivamente a Endemol da
Holanda em maio. Em 2000, Mol vendeu a produtora para a
espanhola Telefônica por 5,5 bilhões, valor considerado na época
inflacionado pelo sucesso do "reality show".
Paredão 2
Desde 2000, Mol estava se dedicando apenas à parte
criativa da Endemol _antes, era o principal executivo da empresa,
que emprega 3.300 pessoas. Segundo o jornal britânico "The
Independent", há rumores de que a Telefônica quer vender a
Endemol e que John de Mol não a quer de volta.
E-mail - daniel.castro@uol.com.br
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