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Projeto na Luz será 'nu e exposto', diz arquiteto

Jacques Herzog falou sobre complexo em SP

DE SÃO PAULO

Minutos antes de dar uma palestra ontem no Auditório Ibirapuera, o arquiteto Jacques Herzog dizia numa roda de estudantes que era avesso às formas puras em sua obra.

No palco, Herzog resumiu a história classificando o Complexo Cultural da Luz, que está desenhando para o centro de São Paulo, como um "projeto nu, com seus ossos e estruturas expostos".

Ele quer dizer que a pilha de lajes de diferentes tamanhos que vai compor as três salas de espetáculo e escolas de música e dança não será um volume único, e sim um amontoado de pontos de entrada e nós de fluxo intenso.

"Não criamos um objeto isolado, uma forma pronta", disse o arquiteto da firma Herzog & De Meuron, também por trás do estádio olímpico de Pequim e da Tate Modern, em Londres. "Queríamos um complexo de diferentes objetos, uma mistura."

Herzog adiantou que, ao contrário dos primeiros croquis já divulgados, todos brancos, o projeto final terá um uso intenso de cores, uma para cada área do complexo.

A ideia é que as lajes coloridas sobrepostas sejam um indício claro das várias funções do espaço. "Há uma psicologia das cores, e São Paulo tem contrastes mais fortes do que as outras cidades."

Ele também lembrou o uso no projeto do vocabulário da escola paulista, de nomes como Vilanova Artigas. Mas ressaltou que são só referências numa obra que só pode existir no século 21. (SILAS MARTÍ)

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