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New Order toca em SP após brigas entre integrantes Banda se apresenta no Ultra Music Festival, no sábado, depois de ex-baixista dizer que grupo não é o mesmo sem ele Nova formação vê a volta da tecladista Gillian Gilbert após dez anos, mas não fala em discos inéditos DANILA MOURADE SÃO PAULO Juntos, eles renasceram após o suicídio de Ian Curtis, juntaram os estilhaços do som acinzentado do Joy Division e criaram o colorido New Order na década de 1980. Os sobreviventes Peter Hook (baixo), Bernard Summer (vocais e guitarra) e Stephen Morris (bateria), ao lado de sua futura mulher, Gillian Gilbert, marcaram a cena cultural e a música ao darem pinceladas de electropop ao rock. Ousados e unidos na época, os rapazes deixaram a camaradagem antiga de lado. Considerada uma das principais atrações do UMF (Ultra Music Festival), a banda se apresenta desfalcada do baixista original em São Paulo no sábado, no Anhembi. "O New Order sem mim é como o Queen sem Freddie Mercury", disparou recentemente o ex-baixista Peter Hook, que se desligou do grupo em 2007 após desentendimentos e não aceitou a ideia da volta da banda. "Ele estava fazendo as coisas dele e não parecia muito feliz com o New Order", disse Stephen Morris, 54, em entrevista exclusiva à Folha. "Não tenho falado com ele por um tempo, então, nem sei como está. Imagino que esteja mais feliz agora", arremata no melhor estilo "gentleman britânico". A tecladista Gillian também afirma que não existe indício de reconciliação ou de volta do baixista à banda. Tampouco planos concretos de gravar novos álbuns. "Vamos ver como serão esses shows, primeiro, e depois decidimos" pondera Gillian. Mas dão sinais de que alguns singles podem aparecer: "Temos um álbum de canções que ficaram de fora do último disco ["Waiting for the Sirens' Call", de 2005], mas sem planos de começar a gravar um novo álbum agora, talvez no próximo ano", complementa Morris. Os mullets negros arrepiados de Gillian na década de 80 deram lugar a longas madeixas comportadas. Nos dez anos fora da banda, a tecladista adotou vida de dona de casa, manteve pequenos projetos musicais e cuidou da filha Grace, portadora de mielite transversa, doença que pode imobilizar parte do corpo. O convite para a volta surgiu após shows beneficentes na Europa em outubro, visando arrecadar fundos para o tratamento médico do diretor Michael Shamberg, criador de clipes clássicos da banda. Quanto à volta de Gillian, Morris brinca: "Estou feliz. Desde que ela tome conta de si mesma e não fique muito bêbada, dará tudo certo", no duvidoso estilo de humor britânico. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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