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Folhateen

Blues boy, 14

Descoberto pelo lendário Buddy Guy, o guitarrista teen americano Quinn Sullivan lança segundo disco e é saudado como nova estrela do gênero

JAMES C. MCKINLEY JR. DO "NEW YORK TIMES"

Se você perguntar a Buddy Guy quem personifica o futuro do blues, ele vai apontar para um garoto de 14 anos que mora em Massachusetts e se chama Quinn Sullivan. "Não esqueça esse nome", disse Guy numa entrevista recente. "Ele lembra Eric Clapton, B.B. King, eu, Hendrix, todos os bons, cara!"

Sullivan encara a rotina da escola, mas, agora, quando a maioria dos adolescentes está prestes a sair para as férias de verão, ele parte em turnê para divulgar seu segundo álbum, "Getting There".

O garoto começou a tocar guitarra aos três anos, e sua incrível habilidade chamou a atenção do país quando ele tinha seis e foi ao programa de TV de Ellen DeGeneres.

Mas a verdadeira carreira de Sullivan não decolou até 2009, quando Guy, grande bluesman de Chicago, convidou o jovem para acompanhá-lo numa turnê depois que os dois se conheceram no camarim do veterano.

Guy também produziu o primeiro disco de Sullivan, "Cyclone", que em 2011 alcançou o sétimo lugar na parada de álbuns de blues da "Billboard".

Em abril, ele impressionou uma plateia lotada de fãs de blues no Madison Square Garden, em Nova York, ao cantar e tocar com Guy no Crossroads Guitar Festival.

"Fiquei até o final para assistir", conta Sullivan. "Estavam lá Derek Trucks, Gary Clark Jr., Jimmy Vaughan... E Clapton! Os meus heróis!"

Sullivan tem cara de menino, mas, no palco, faz sua guitarra soar forte. Abaixo, os principais trechos da entrevista que deu em Nova York.

Qual foi a primeira música que você aprendeu a tocar?

"Blackbird", dos Beatles. Eu amava essa canção, sou fanático por Beatles desde muito novo.

E quando começou a escutar artistas de blues?

Meu pai tinha o DVD do primeiro Crossroads Guitar Festival, que o Eric Clapton organizou em 2004. Eu via Buddy Guy subindo no palco e mandando ver "Sweet Home Chicago".

Fiquei ligado no jeito dele tocar, os trejeitos, era algo que nunca tinha visto na minha vida. Quando eu escuto blues, sinto toda uma história por trás da música. Ouvia Buddy Guy e sentia que estava entrando na vida dele.

Como você o encontrou?

Foi em um teatro na minha cidade, New Bedford, chamado Zeiterion, em 2007. Meu pai conhecia os caras da casa e pude ir ao camarim ver Buddy. Levava uma guitarra comigo, e pedi que a autografasse. Então ele disse: "Você pode tocar alguma coisa?". Toquei um pouco e Buddy ficou lá, ouvindo e sorrindo.

Depois, ele falou que eu deveria ficar pronto porque iria me chamar para tocar com ele. E chamou mesmo. Buddy tem sido meu mentor desde aquele dia.

Você lê partituras?

Nada. Eu provavelmente vou me interessar em aprender, quero ter uma teoria por trás do que eu faço. Mas hoje eu só toco de ouvido.

Seus amigos curtem o seu sucesso?

Mais ou menos. Para eles, eu sou o cara que foi ao programa de TV da Ellen ou aquele que apareceu na Oprah.

Como é tocar em clubes de blues quando você ainda não tem idade para beber?

Fico na minha e tento não ligar para os bêbados.


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