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Instalação vira palco de monólogo sobre memória com Regina Braga

'Desarticulações', que estreia amanhã no MIS, ilustra aproximação entre teatro e artes plásticas

Atriz faz peça em um cenário de 4m x 4m, que pode ser visitado fora dos horários de apresentação

GABRIELA MELLÃO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

"Desarticulações", monólogo com a atriz Regina Braga que estreia amanhã no MIS (Museu da Imagem e do Som), em São Paulo, é o mais recente exemplo de espetáculo que aproxima o teatro das artes plásticas.

Baseada em texto da argentina Sylvia Molloy, a montagem propõe uma reflexão poética sobre a memória.

"Fazer a peça em um museu, espaço de cultivo da memória, amplia a discussão lançada pela dramaturgia", diz Braga, que atua num cenário/instalação concebido pelo diretor de arte Marcos Pedroso --principal cenógrafo do paulista Teatro da Vertigem, com o qual trabalhou em "Paraíso Perdido", "O Livro de Jó" e "Apocalipse 1,11" (encenados em igreja, hospital e presídio, respectivamente).

Deslocar uma encenação para um espaço não convencional amplia o número de leituras possíveis por parte do público. "Apresentar uma peça num museu, hospital ou igreja faz com que o espectador tenha que ressignificar a obra, levando em conta a memória suscitada pelo ambiente em que está inserida", sugere Pedroso.

O mesmo ocorre quando a montagem incorpora obras de arte. No caso de "Desarticulações", a instalação acrescenta à produção um olhar artístico sobre a perda da memória complementar àquele delineado pelo próprio texto.

Até conseguir o espaço ideal para "Desarticulações", Braga visitou 15 galerias de arte. Se para um galerista a ideia de acolher um espetáculo entre suas fotografias, pinturas e esculturas ainda pode soar estranha, para atores e diretores teatrais já parece natural: é uma consequência da mistura de teatro com dança, música, vídeo e artes plásticas, cada vez mais comum.

"A opção de encenar o espetáculo no museu não é aleatória. Foi um pedido da obra", afirma a diretora Isabel Teixeira, que adaptou o original argentino com Braga.

Fora dos horários de apresentação, o cenário --quadrado branco de 4m x 4m-- pode ser visitado pelo público.

ESCULTURA

"Mise en Scène: Holoch" --em cartaz nos dias 24/8 e 27/9 no Centro da Cultura Judaica (www.centrodeculturajudaica.org.br)-- é outro espetáculo que rompe a fronteira entre artes cênicas e plásticas.

Nessa coreografia sobre o Holocausto, dirigida por Lee Taylor (ex-CPT), a performer Emile Sugai constrói uma atmosfera lírica apoiada em um cenário em que se destaca uma árvore de fios de arame, criação do artista plástico Paulo Bordhin, colocada sobre um espelho d'água que já existe no CCJ.


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