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'Wolverine' discute imortalidade e solidão

Longa que estreia hoje traz Hugh Jackman pela sexta vez no papel de um mutante que se regenera rapidamente e pouco envelhece

Novo capítulo da saga foi rodado no Japão, onde o personagem enfrenta a possibilidade de deixar de ser eterno

JOANA CUNHA DE NOVA YORK

Um dos mais longevos atores na pele de um mesmo super-herói, Hugh Jackman estreia hoje "Wolverine Imortal". O novo capítulo da saga foi rodado no Japão, onde o personagem experimentará, pela primeira vez em sua vida centenária, a perspectiva de deixar de ser eterno.

Quando filmou seu primeiro "X-Men", em 2000, o ator tinha cerca de 30 anos. Fora convocado de última hora para preencher a ausência do convidado original, Dougray Scott, impedido de comparecer por atrasos na filmagem de "Missão Impossível 2".

Hoje, perto dos 45, Jackman encarna o mutante pela sexta vez e acumula o cargo de produtor. "Estar mais velho talvez me ajude a representar alguém que tem centenas de anos a mais do que eu", brincou Jackman, em uma entrevista a jornalistas da qual a Folha participou.

Sua longevidade no papel se reflete no filme, que aborda o tema do homem que pode viver para sempre.

Nesse episódio, define o diretor, James Mangold (dos filmes "Johnny & June" e "Os Indomáveis"), ele se debate contra sua própria identidade, pelo fato de ser eterno.

Wolverine é um mutante com o poder de se regenerar com rapidez --por isso envelhece lentamente. Já seu esqueleto, por exemplo, foi substituído por um metal com garras afiadas nas mãos.

Em luto pela perda da companheira Jean Grey (Famke Janssen), ele se sente um perigo para a sociedade. Está isolado. O ator, por outro lado, não receia o isolamento de uma identidade rotulada, mesmo após tanto tempo desdobrando a franquia.

"Eu não teria uma carreira sem Wolverine. Me deu oportunidade para fazer muitas outras coisas. Intercalei outros projetos. Rótulo é a pior coisa que pode acontecer a um ator. Wolverine' foi onde comecei e foi meu primeiro grande filme nos Estados Unidos", afirma. "Me ajudou a crescer. Estou melhor agora", diz ele, que atualmente filma a sétima produção.

A versatilidade do ator passa por outros gêneros. Já comandou uma cerimônia do Oscar, viveu papéis na Broadway, foi eleito o homem mais sexy do mundo pela revista "People" e guarda um Tony (o principal prêmio teatral dos EUA) no currículo.

Ele chega a encontrar pontos de contato entre o super-herói e outras de suas atuações fora da série, como o Jean Valjean de "Os Miseráveis". O musical, segundo ele, também aborda "conflitos antigos e se passa em grandes momentos históricos". "Por sorte, eu não precisei cantar em Wolverine."

Em "Wolverine Imortal", o herói volta ao cenário japonês onde esteve pela última vez durante a Segunda Guerra, para salvar a nova amante Mariko (Tao Okamoto) em batalhas contra a Yakuza e o gigante Samurai de Prata.

MEGAPRODUÇÕES

A produção é mais um exemplo de uma safra recente de estreias megalomaníacas, da qual também faz parte "O Homem de Aço" e outros que se apoiam nos ingressos premium cobrados por projeções em 3D para cobrir os custos milionários.

Para o diretor, é possível fazer filmes mais baratos, mas a sofisticação que atingiu a produção da TV impôs um novo patamar ao cinema.

"Os estúdios gostariam que os filmes não fossem mais caros, e sim, mais baratos. Esse, provavelmente, foi um dos menos caros", disse Mangold à Folha. O valor da produção não foi divulgado, mas estima-se ter chegado aos US$ 100 milhões (R$ 225 milhões).


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