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Feira de Guadalajara fará ciclo em homenagem ao Brasil em 2012 Evento também convenceu editora mexicana a lançar coletânea com novos autores brasileiros Câmara Brasileira do Livro diz ver "um lento processo de internacionalização do mercado nacional" SYLVIA COLOMBOENVIADA ESPECIAL A GUADALAJARA O Brasil não tinha tradição de participar de forma expressiva da Feira Internacional de Literatura de Guadalajara, o maior evento do mercado editorial de língua hispânica, que acontece até domingo na cidade mexicana. Para os organizadores, chegou a hora de mudar essa tendência. A edição do ano que vem terá um ciclo dedicado à literatura brasileira contemporânea. "O Brasil tem adquirido grande projeção internacional, e as pessoas têm tido mais curiosidade sobre o país. A literatura ajuda a explicar uma sociedade", diz Laura Niembro, uma das organizadoras da FIL. Além de levar escritores ao país, a feira está contatando editoras locais para estimular a inscrição no programa de traduções do Ministério da Cultura brasileiro e convenceu a Fondo de Cultura Económica, uma das principais editoras mexicanas, a organizar uma coletânea de novos autores. O carioca João Paulo Cuenca é um dos contatos no Brasil. "É um país fechado, para entender seu mercado editorial, é preciso ter parceiros locais", diz Niembro. O diretor de Livro, Leitura e Literatura do MinC, Fabiano dos Santos, veio neste ano ao evento para falar sobre estímulo à leitura. "Desde a gestão Lula, começou a mudar a sensibilidade do Brasil para o resto do continente. O programa de traduções pode ajudar os brasileiros a chegarem ao mercado hispano-americano", afirma Santos. Ele diz que veio também para "apresentar e divulgar o programa". Os números atuais do projeto demonstram um interesse ainda pequeno da região. Dos 28 pedidos, apenas três foram de países hispano-americanos. CAPACITAÇÃO No estande da Câmara Brasileira do Livro estão editoras de médio e pequeno porte. Os títulos que predominam são os infantis. "Há um lento processo de internacionalização do mercado brasileiro. Grandes editoras já tinham vocação para sair do país. Agora o pequeno e o médio editor estão aprendendo a se vender fora", afirma Dolores Manzano, da CBL. Ela integra o Brazilian Publishers. Criada há três anos, a parceria entre a CBL e a Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) destina quase R$ 4 milhões a cada biênio para capacitação de empresários do livro. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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