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Crítica Animação

"Operação Presente" se adapta às crianças do século 21 sem parecer bobo

CÁSSIO STARLING CARLOS
CRÍTICO DA FOLHA

As crianças do século 21 não estão mais interessadas em descobrir se Papai Noel existe ou não, mas em descobrir como os presentes chegam às casas de todo o mundo numa única noite.

Ou em localizar o endereço do bom velhinho no Google Earth. No lugar da crença entrou a logística.

"Operação Presente" adapta essa situação sem parecer boboca para os mais crescidos e ainda consegue encher os olhos dos menores e maiores com uma animação bacana e inteligente.

Logo de cara, uma cena mostra um time de duendes resolvendo a missão impossível com recursos de dar inveja a qualquer Tom Cruise.

A esperteza do filme aparece ao conjugar a diversão com o questionamento de temas como a proibição de errar e ter de ser perfeito.

O fortão e imbatível Steve prefere pensar que uma só criança triste não vai mudar o mundo. Enquanto o atrapalhado Arthur, seu irmão menor, fracote e cheio de medos, inventa uma solução para entregar o pacote que ficou para trás.

Como os desajeitados, os velhos também parecem não ter lugar no mundo dominado pela técnica. Mas basta aparecer o Vovô Noel sem noção para o filme ficar disparadamente mais engraçado.

Em vez de assombrar com a tecnologia, os cérebros da Aardman mostram que para acreditar é preciso confiar na fantasia.

OPERAÇÃO PRESENTE

DIREÇÃO Barry Cook e Sarah Smith
PRODUÇÃO EUA, 2011
COM James McAvoy, Jim Broadbent e Bill Nighy
ONDE Butantã Playarte, Osasco Cinemark e circuito
CLASSIFICAÇÃO livre
AVALIAÇÃO bom

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