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Alegorias da opressão são a marca do longa '1984'

Filme baseado no livro de George Orwell chega às bancas no dia 25/8

Enredo fala de um futuro pessimista na fictícia Oceania, onde o Estado totalitário comanda os cidadãos

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Suspenda o que estiver fazendo para praticar o ódio. Pelos próximos dois minutos, grite palavrões contra seus inimigos e inimigas. Faça disso uma política estatal e o cenário de "1984" ""o livro e o filme"" está montado.

Os "Dois Minutos de Ódio" são uma das táticas de dominação do Grande Irmão, alegoria criada pelo autor George Orwell para personificar e dar cara ao Estado totalitário que comanda os cidadãos da fictícia Oceania.

É de um futuro pessimista e imediato que trata o livro de 1949. Michael Anderson (de "A Volta ao Mundo em 80 Dias", vencedor de cinco Oscar) dirigiu essa primeira adaptação cinematográfica, de 1956, que vai às bancas no domingo, dentro da Coleção Folha Grandes Livros no Cinema.

As duas obras falam muito do seu tempo: apenas começava a Guerra Fria e a corrida armamentista ganhava força. Num mundo dividido entre "ismos" e marcado pelas lembranças recentes da Segunda Guerra, a alegoria não soava distante ou irreal. Não que tenha perdido verossimilhança, diga-se.

No filme, Edmond O'Brien interpreta Winston Smith, um funcionário público que se dedica a reescrever ""e a voltar a reescrever, quantas vezes forem necessárias"" a história recente, apagando fatos e pessoas à conveniência do Estado.

Winston ousa apaixonar-se por Julia (papel de Jan Sterling). O verbo ousar é bem empregado: nessa ficção científica, o sentimento é supérfluo e a escolha da pessoa amada é substituída por uma resolução técnica que cabe ao Estado.

Nessa Londres militarizada e policialesca, nenhum ato, pensamento ou conversa passa despercebido.

Três lemas estatais, afixados em praça pública, resumem o sistema: "Guerra é paz", "Liberdade é escravidão" e "Ignorância é força". Resistirá o amor?

A Coleção Folha Grandes Livros no Cinema é composta por 25 filmes que são adaptações de obras literárias.


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