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Conversas com autores dão origem a livro de americano

Don Delillo, David Foster Wallace e outros estão em obra de John Freeman

Ex-editor da revista literária 'Granta' está no Brasil para a Bienal do Livro Rio, onde debaterá tradução

DA COLUNISTA DA FOLHA

O romancista Edmund White lhe deu uma cantada tão furtiva que nem se ouviu na gravação da entrevista. Com David Foster Wallace, ele passou uma tarde nas ruas de Nova York, debatendo livros de Don DeLillo.

Esses e outras centenas de encontros com escritores, incluindo prêmios Nobel como Mo Yan e Pulitzers como John Updike, originaram "Como Ler um Escritor", do escritor e crítico americano John Freeman. É uma seleção de 55 entrevistas e perfis feitos ao longo de 15 anos, para vários jornais e revistas.

Ex-editor da revista literária britânica "Granta", Freeman, 38, teve acesso ainda a nomes como Haruki Murakami (que defendeu que a rotina é boa para a imaginação) e o próprio DeLillo, um dos temas da conversa com Foster Wallace.

Não foi sempre fácil, é verdade. Toni Morrison, por exemplo, que o recebeu em casa em 2004, ao ser questionada sobre o Nobel, mandou um curto e grosso: "Você pode fazer melhor do que isso".

Com o tempo, Freeman aprendeu a apenas deixar os autores falarem. "Se você vai com perguntas prontas, recebe respostas prontas. Só quero que contem histórias, que é como mais se parecem com o que mostram no papel."

Um dos responsáveis pela "Granta" com jovens escritores brasileiros, ele participa amanhã, na Bienal do Livro Rio, às 12h, de mesa sobre tradução no exterior com Alison Entrekin e José Luiz Passos.

E lança seu último trabalho na "Granta", "Os Melhores Jovens Escritores Britânicos". Para ele, o quarto volume da série (o primeiro, de 1983, trouxe Ian McEwan e Salman Rushdie) é o mais amplo.

"Ouve-se mais idiomas em Londres que em qualquer lugar, mas os autores que mais aparecem são brancos. Cobrimos essa lacuna sem querer", diz, sobre a seleção, que inclui até o chinês Xiaolou Guo.


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