Respeitável público

Quem ri por último ri melhor, diz o ditado lá no circo. Selton Mello e os produtores de "O Palhaço", por exemplo, comemoram o sucesso de público que o filme alcançou desde seu lançamento.

O longa -no meio do caminho entre o cinema de autor e o cinema comercial- já é o quinto filme nacional mais visto do ano, atrás das comédias "Cilada.com" e "De Pernas pro Ar" e dos híbridos "Bruna Surfistinha" e "Assalto ao Banco Central".

No dia 28 de outubro, "O Palhaço" estreou em 259 salas. Em dez dias, ultrapassou a marca dos 500 mil espectadores e, na terceira semana, bateu 1 milhão, segundo dados do site "Filme B". O desempenho só começou a cair depois da estreia do blockbuster "Amanhecer" em mais de mil salas do circuito.

Em vídeo postado no Facebook, a produtora Vania Catani, sócia da Bananeira Filmes, comemora a cifra cantando o refrão "eu quero ter 1 milhão de amigos", da canção de Roberto Carlos.

"A questão não é fazer 1 milhão", disse Catani à Folha.

"A questão é fazer 1 milhão com esse filme, que não é uma comédia com receita das comédias que a gente vê por aí. Nunca falamos em números, mas a gente sabia que, no dia em que a gente oferecesse biscoito fino para a população, a população iria comer como a gente."

Além da figura do ator, que por si só é chamariz de público, a aposta do distribuidor (Imagem) num lançamento "encorpado" e a parceria com a GloboFilmes -firmada depois que o longa já havia sido finalizado- serviram para alavancar o filme.

E qual é a receita? "Não tem receita. É a receita do coração, da honestidade."

Como muitos e muitos filmes são feitos com coração e honestidade, mas nem todos têm tantos "amigos", seguem alguns elementos que ajudam a entender o desempenho de "O Palhaço".