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Crítica - Policial

Stephen King agrada com trama que remete a antigas histórias de detetives

RODOLFO LUCENA DE SÃO PAULO

Com mais de 300 milhões de livros vendidos e dezenas de títulos publicados depois de sua estreia, em 1974, Stephen King continua reinventando sua escrita. Reverenciado como o mago do horror, vem nos últimos anos transitando por caminhos que lhe são pouco usuais.

Fez uma fábula política travestida de ficção científica ("Sob a Redoma", lançado no Brasil em 2012), mergulhou numa viagem no tempo em que o mote é o assassinato do ex-presidente norte-americano John F. Kennedy ("Novembro de 63", que deve chegar ao Brasil daqui a dois meses) e acaba de lançar nos EUA uma novela policial que bebe na tradição das histórias detetivescas de meados do século passado.

Trata-se de "Joyland" (terra da alegria, em tradução livre), que tão logo saiu, ocupou o topo da lista de mais vendidos do "New York Times". Para deixar ainda mais evidente sua inspiração, a capa vem em cores fortes e traz desenho que lembra as ilustrações escandalosas da pulp fiction, as revistas de histórias policias impressas em papel barato.

Também em nome da fidelidade ao gênero, "Joyland" sai inicialmente apenas em brochura, pelo selo Hard Case Crimes. "Cresci lendo esse tipo de livro, que eu adorava", diz King no material de divulgação da obra.

A trama se passa em 1973, quando o jovem Devin Jones vai trabalhar em um parque de diversões assombrado. Na Casa do Horror habita o fantasma de uma garota que ali foi morta. Encontrar e punir o criminoso passa a ser uma obsessão para ele.

O fato de o próprio Jones narrar a história tira um pouco do suspense da trama: é certo que tudo acaba bem --ou, pelo menos, que o protagonista sairá vivo.

Como em outras obras de King, porém, o que ganha o leitor não é a solução do problema, mas o jeito com que ele apresenta os personagens e costura suas vidas. A trama começa lenta, em tom de reminiscência, mas logo ganha ritmo e conquista de vez o leitor.


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