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Reaberto na Bela Vista, teatro programa peças sobre cidades

Fundador da sala, Celso Frateschi exerceu papel político em SP

GUSTAVO FIORATTI DE SÃO PAULO

Pequeno, o Ágora Teatro exerceu papel contundente no cenário paulistano. Instalado na Bela Vista, foi criado por Celso Frateschi e Roberto Lage, artistas articulados ao movimento Arte Contra a Barbárie, o berço da Lei do Fomento ao Teatro.

Em seus mais de dez anos de atuação, a programação da casa investiu em trabalhos experimentais. Passou por um período de timidez, e agora reabre suas portas, reformado, com duas salas e a vontade de voltar a fazer barulho. À sua frente, está Frateschi, que foi secretário Municipal de Cultura na gestão de Marta Suplicy (2001-2005).

A reabertura ontem apresentou o espetáculo "O Teatro Nosso de Cada Dia", que tem texto amarrando depoimentos e entrevistas de anônimos. Resumidamente, a peça retrata uma passagem de 24 horas em São Paulo.

A partir do dia 5, a casa passa a abrigar também o espetáculo "O Homem que Fala", proposição para adultos do grupo Doutores da Alegria de rever experiências de seus palhaços em hospitais da cidade de São Paulo.

A peça "Coelho Branco, Coelho Vermelho" é a terceira atração na grade deste ano. Escrita pelo iraniano Nassim Soleimanpour, o espetáculo propõe uma espécie de jogo entre um ator e a plateia.

O intérprete nunca entrou em contato com o texto, necessariamente. Já sobre o palco, ele deve abrir um envelope lacrado, com o conteúdo misterioso, e vai seguir o roteiro, às vezes com instruções para si próprio, às vezes com instruções para a plateia.

Segundo Frateschi, com essa programação sua intenção é debater a relação entre arte e as grandes cidades.

Além das apresentações, o Ágora Teatro também formulou uma programação de debates sobre o tema.

Em um dos encontros, no programa "Teatro, Vinho e Pensamento", Frateschi e outros artistas relacionam a atual situação política brasileira à primeira cena da peça "Coriolano", de William Shakespeare.

A escolha da cena tem como base justamente o retrato que o bardo inglês fez acerca do descontentamento de um povo em relação a seus governantes. A mesa, que será realizado no dia 16 de outubro, recupera também artigo do alemão Bertolt Brecht sobre a peça de Shakespeare. Haverá leitura de trechos.


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