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Crítica

Chaplin lembra que todo homem tem que andar na corda bamba

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

"O Circo" (TC Cult, 18h25, livre), filme que Chaplin fez em 1927, contém todos os filmes de circo feitos depois, de Fellini ao nosso Selton Mello.

Mas nenhum deles seria capaz de criar sequências como aquela em que Carlitos, palhaço, se faz passar por equilibrista, só para encantar a garota do circo, namorada de Rex, o equilibrista de fato.

Ele se paramenta todo de Rex, faz pose de Rex (e toma algumas providências extras para não se esborrachar, é verdade) e sobe atrevido na corda bamba.

Mas um homem não pode afinal ser senão quem é, feio ou bonito, forte ou fraco, amado ou não. Não é coisa simples: para descobrir quem é, todo homem tem que andar na corda bamba. Chaplin pode ser sentimental, mas de bobo não tem nada.

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