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Em 2012, MIS vai ter mostras de Andy Warhol e Méliès

Arte eletrônica, foco da gestão de Daniela Bousso, ficou fora da programação do diretor-executivo André Sturm

Cinema e fotografia do século 20, em especial os franceses, foram privilegiados para o próximo ano

GABRIELA LONGMAN
DE SÃO PAULO

Com três exposições fotográficas de peso, o MIS (Museu da Imagem e do Som) fechou nesta semana sua programação para 2012.

Em maio, receberá cerca de 500 polaroides de Andy Warhol, uma exposição dedicada ao húngaro André Kertész (1894-1985) e um trabalho inédito de Claudio Edinger sobre o sertão.

A Folha teve acesso exclusivo ao calendário do museu, que prevê para agosto a maior mostra do ano, dedicada ao ilusionista Georges Méliès (1861-1938). Reunindo filmes, objetos e cartazes, o conjunto investiga os truques de magia que fizeram dele um dos precursores do cinema.

"Os irmãos Lumière faziam filmes documentais. É Méliès quem inaugura a possibilidade do cinema como diversão", lembra André Sturm, diretor-executivo do museu.

A ênfase em fotografia muda um pouco o rumo da instituição, que na gestão anterior, de Daniela Bousso, tinha na arte eletrônica e digital seu principal foco.

Na época da transição havia um desejo claro do secretário da Cultura do Estado, Andrea Matarazzo, de aumentar o público e deixar o museu "menos hermético".

O MIS passa a ser a sede do In-Edit, festival dedicado a documentários musicais, homenageia com uma retrospectiva o cineasta brasileiro Ozualdo Candeias (1918-2007) e já começa a preparar para o fim de 2012 ou começo de 2013 uma retrospectiva de Bob Wolfenson.

Apenas a ocupação "Rojo", em abril, e um projeto de dramaturgia e vídeo, criado por Esmir Filho, são voltados às chamadas "novas mídias".

"Fizemos uma escolha eclética", define Sturm.

Mas parece haver na escolha eclética uma tonalidade francesa forte -fruto de um período que Sturm passou em Paris, fazendo contatos com instituições por lá.

A mostra sobre Kertész, por exemplo, foi montada originalmente no museu Jeu de Paume. Na mesma temporada, Sturm conheceu a viúva de Nicolas Schöffer (1912-1992), um dos pioneiros da arte cinética e definiu com ela uma mostra em homenagem ao artista, para julho.

A exposição de Méliès que vem ao Brasil foi exibida na Cinemateca de Paris, em 2008. Um acordo com a mesma instituição prevê que o Brasil seja o primeiro a receber uma exposição sobre "O Boulevard do Crime" (1945), clássico de Marcel Carné (1906-1996),

NOVA FOTOGRAFIA

Uma seleção foi aberta para escolher fotógrafos em começo de carreira para pequenas individuais. Com 158 inscritos, o concurso escolheu seis nomes, divulgados ontem: Flávia Junqueira, Gordana Manic, Marcelo Soares Tinoco, Carlos Alexandre Alperti Junior, Marcos Muniz da Silva e Mara Schimpf.

Cada um apresentará 20 fotos inéditas por um período aproximado de 45 dias.

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