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Encontro debate função da arte na cidade

Conferência internacional criada pelo New Museum, de Nova York, acontece neste ano em São Paulo, no Sesc Pompeia

Projeto reúne artistas, empresários, ativistas e políticos em busca de soluções criativas para os centros urbanos

IARA BIDERMAN DE SÃO PAULO

A série de conferências Ideas City, criada pelo New Museum, de Nova York, desembarca neste fim de semana em São Paulo. As ideias em questão se referem a formas de usar a arte e a cultura para revitalizar e melhorar os grandes centros urbanos.

O evento foi criado pelo museu nova-iorquino que, justamente, foi um dos responsáveis pela revitalização de uma área degradada da cidade, nos anos 1970.

As duas primeiras edições do Ideas City aconteceram em 2011, em Nova York, e em 2012, em Istambul.

Neste ano, por uma série de circunstâncias favoráveis, que incluem a Bienal de Arquitetura em São Paulo e as discussões sobre ocupação do centro, mobilidade etc., os organizadores do evento resolveram realizar duas rodadas de conferências --uma que aconteceu em maio, em Nova York, e a que começa hoje em São Paulo.

A abertura, na noite desta sexta (25), no Sesc Pompéia terá apresentações do arquiteto Paulo Mendes da Rocha, do diretor do Sesc São Paulo, Danilo Santos de Miranda, e da diretora do New Museum, Lisa Philips. "A primeira vez que vim para São Paulo foi em 1993. Hoje, o lugar está muito diferente e a situação, muito mais dramática. Pode sair muita ideia boa disso tudo", diz Phillips à Folha.

A diretora do New Museum conta que as conferências realizadas em Nova York resultaram em vários projetos já em andamento. As ideias que estão vingando vão de pinturas de murais ao design para uma piscina pública.

MOMENTO IDEAL

As conversas entre o New Museum e o Sesc para trazer o Ideas City a São Paulo começaram há dois anos. E este parece ser mesmo o momento ideal, segundo os organizadores.

"Atualmente, o plano diretor está sendo revisto, a cidade está discutindo sua vocação. Fazer o Ideas City agora não é coincidência, é vital", diz Miranda.

Para o arquiteto americano Charles Renfro, criador do Highline (parque linear construído em linha de trem desativada, em Nova York) e do projeto do MIS do Rio, há um interesse mútuo em fazer o evento em São Paulo.

"Se você pensa nas cidades do mundo que estão se tornando protagonistas no palco global, São Paulo é uma delas", diz o arquiteto.

Renfro disse à Folha que o "caldeirão de raças" da cidade é o que a torna tão promissora. "Eu amo São Paulo. A cidade às vezes me frusta um pouco, mas é sempre muito energizante."

Renfro participou de todas as edições do Ideas City. Em São Paulo, será um dos debatedores do painel "De quem é o Centro", que acontece no sábado (26), às 11h30.

Renfro diz que, por experiência própria, sabe que o impacto de um projeto não depende só do design.

"Temos que saber a quem o projeto está servindo, o que os habitantes precisam mesmo e o que eles nem sabem que precisam", diz.

A programação de sábado inclui conversa com os artistas plásticos brasileiros Jac Leirner, Jonathas de Andrade e Lucia Koch, e debates sobre o uso de tecnologia e sobre como usar a revolta para projetos criativos.

O domingo ficou reservado para oficinas com urbanistas, artistas, empresários, sociólogos, historiadores e ativistas sobre formas de transformar as ideias debatidas em mudanças reais.


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