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Anonymous será tema de documentário

ANNA VIRGINIA BALLOUSSIER
DE SÃO PAULO

Anônimos. Depois de produzir documentários sobre Anna Wintour, a editora-carrasca da "Vogue", e Jay-Z, era com isso que o norte-americano Brian Knappenberger, 41, queria trabalhar.

Mas um tipo de anonimato que, de repente, ganhou os holofotes: a tropa entrincheirada na internet que, sem rostos e líderes, se fez conhecer por Anonymous.

E tudo culpa daquele dia em dezembro de 2010.

De uma hora para outra, os sites do Mastercard e da Visa saíram do ar. Entraram em pane também Amazon.com e PayPal (sistema de pagamentos on-line) e até a página de Sarah Palin, musa dos republicanos nos EUA.

Era hora da Operação Payback ("dar o troco"), direcionada àqueles que fechavam o cerco contra o WikiLeaks e sua política de publicar documentos sigilosos.

Os ataques vieram de hackers identificados com a maior bandeira do Anonymous -uma rede com livre circulação das informações.

"Foi naquele instante que fiquei fascinado com o grupo", diz Knappenberger, que finaliza o documentário "We Are Legion" ("nós somos legião") para 2012.

Entrevistados encrencados com a Justiça, justamente pelos ataques virtuais, resguardam a identidade com voz distorcida, bandanas e máscaras popularizadas em "V de Vingança".

O perfil variava bastante: de mulheres de meia-idade a garotões nos seus 20 anos.

Knappenberger viu a legião virtual como um grande Tetris (aquele joguinho em que peças vão se encaixando umas nas outras): quase sempre aleatória e caótica. "Um grande equívoco sobre o Anonymous é achar que eles são unânimes."

Mas com poder de coesão sem igual. "O que os une é uma feroz convicção na liberdade de expressão."

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