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Shows em SP e no Rio continuam incertos

Empresários responsáveis pela turnê de 80 anos de João Gilberto não respondem contatos das casas de espetáculos

Assessoria de imprensa contratada pela própria produção do evento diz que, agora, "não há mais o que fazer"

MARCUS PRETO
MATHEUS MAGENTA
DE SÃO PAULO

João Gilberto está gripado. Teve crise depressiva porque os ingressos de seus shows não estão vendendo bem. Está com hérnia de disco. E não quer subir no palco sem seu técnico de som japonês, que o deixou na mão na última hora antes de embarcar.

Todos esses problemas já foram apontados -mas nunca, de fato, confirmados- para justificar os sucessivos cancelamentos das apresentações da turnê "João Gilberto 80 Anos - Uma Vida Bossa Nova", que, a princípio, estrearia no dia 28 de outubro, em Salvador.

Há menos de uma semana da nova estreia -a quarta-, marcada para 18/12, em São Paulo, tudo permanece completamente incerto.

Segundo a Folha apurou, nem as casas de espetáculos onde os shows deveriam acontecer nos próximos dias, no Rio e em São Paulo, conseguem fazer contato com os produtores da turnê, que não atendem a telefonemas nem respondem e-mails.

Também não dão sinal de vida à assessoria de imprensa contratada por eles mesmos para divulgar o evento.

"Teoricamente, eu não atendo mais [esse cliente]. Nosso contrato acabou em 30/11, quando terminaria a turnê", diz Renata Asprino, da Máquina Public Relations.

"Ainda assim, se eles [os produtores] me dessem alguma informação, eu até a passaria aos jornalistas. O problema é que eu não consegui mais falar com ninguém. Não há mais o que fazer. Já mandei e-mail para eles dizendo que acabou", afirma.

Rose Lima, diretora artística do teatro Castro Alves, em Salvador, diz que "depois do adiamento em São Paulo, os produtores ligaram para dizer que não iriam fazer mais o show [na capital baiana] porque João estava doente".

Procurado pela Folha, o produtor Antonio Barreto Junior não foi localizado. Mauricio Pessoa, seu sócio nessa empreitada, não respondeu às ligações da reportagem até o fechamento desta edição.

DEVOLUÇÃO

Aqueles que desistirem do show em São Paulo podem devolver os ingressos na bilheteria da Via Funchal ou enviá-los pelo correio. A casa garante que o valor será estornado em até cinco dias.

No Rio de Janeiro, os clientes que quiserem o dinheiro de volta de devem ir à bilheteria do Teatro Municipal com o ingresso ou entrar em contato com a empresa Ingresso.com, se tiverem realizado a compra pela internet.

O Procon-SP vai notificar as duas empresas para prestar esclarecimentos sobre a devolução do dinheiro.

Para quem quiser arriscar, ainda estão disponíveis mais de mil dos 3.075 lugares para o show paulistano. Os ingressos vão de R$ 600 a R$ 1.000.

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