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Televisão

Após impasse, 'Simpsons' chegará a 500 episódios

Dubladores americanos concordam em reduzir salários para manter série

Desenho está agora na 23ª temporada e tem mais duas confirmadas; Lady Gaga fará uma participação especial

VITOR MORENO
ENVIADO ESPECIAL A LOS ANGELES

Basta dizer que "Os Simpsons" estreou nos Estados Unidos no mesmo dia em que Fernando Collor de Mello foi eleito presidente do Brasil para dar a dimensão da longevidade da série.

Um impeachment e quatro presidentes depois, a família amarela e disfuncional criada por Matt Groening se firmou como uma das maiores expressões da cultura pop, mas quase acabou por um motivo burocrático.

A renovação dos contratos dos dubladores americanos, hoje estrelas do show bussiness, foi tensa e eles tiveram de aceitar diminuir seus salários para salvar a série.

"Esse é um dilema a que toda série chega em algum momento", afirma Groening. "Com a passagem dos anos, as pessoas vão tendo aumentos de salário e a produção fica mais e mais cara."

"A decisão foi cortar o orçamento para manter a série", diz. "Quando enfrentamos a possibilidade real de encerrar o seriado, descobrimos o quanto as pessoas que trabalham nele o amam."

As negociações garantiram a 24ª e a 25ª temporadas. Atualmente, a 23ª está no ar e a equipe da animação se prepara para atingir a marca de 500 episódios em 2012.

O produtor-executivo Al Jean adiantou que o episódio vai mostrar Homer, Marge e os filhos sendo expulsos de Springfield. A temporada terá ainda um especial com a participação de Lady Gaga e um episódio de Natal que mostrará Bart e Lisa adultos - se embebedando juntos.

"Se nossas ideias tivessem acabado, teríamos desistido", afirma Groening, que garante ainda não ter pensado em como seria um eventual último episódio da série.

"Todo mundo tem sua ideia secreta de como gostaria que fosse o último episódio", diz. "Eu tinha uma, mas já foi usada há dez anos."

BRASIL

Durante esses 23 anos, a animação também acumulou polêmicas por conta do tom satírico com que apresenta a sociedade americana.

Por aqui, foi grande a repercussão do episódio em que o Rio foi retratado como uma cidade suja, violenta e cheia de macacos.

"Na verdade, nós sabíamos que não entendíamos nada do país e resolvemos aceitar a nossa própria estupidez", explica Groening. "Mas descobrimos que as pessoas não gostam disso."

"Para as próximas viagens, vamos criar um pedido de desculpas adiantadas dizendo que sentimos muito por ter visitado o país de vocês e não ter entendido nada", brinca. "Mas esse episódio foi muito popular na Venezuela."

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