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Crítica

'Bruna Surfistinha' não revela nada sobre sua protagonista

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

O que mais impressiona em "Bruna Surfistinha" (TC Pipoca, 22h, 16 anos) não é o aspecto sociológico (nossa curiosidade pelas coisas da prostituição) nem o erótico (ver a atriz pelada).

É a espantosa incapacidade do roteiro de produzir um passado para a protagonista sem a necessidade de fazer Deborah Secco passar pelo constrangimento de se fingir adolescente desajeitada e feia (o que consiste, em suma, no olhar de poucos amigos e no pisar para dentro).

Eis então a filha adotiva saindo de casa para uma triunfal carreira de garota de programa. E nada da convenção faltará: da cocaína ao cliente que quer virar amigo.

"Bruna" desenvolve a arte de girar em torno de sua protagonista sem nada revelar dela: uma arte que nosso cinema parece ter dominado.

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