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Variações de mim

O paulistano Marcelo Mirisola, 47, ficou conhecido por explorar os limites entre memória e ficção em obras como "O Azul do Filho Morto" (2002) e "Charque" (2010). Neste, o narrador esclarece: "Eu uso a primeira pessoa, não falo na primeira pessoa". Fora dos livros, o autor cria conscientemente em torno de si um personagem que confunde o leitor

A trajetória da escritora Paloma Vidal, 38 --argentina radicada no Rio desde os dois anos de idade--, aparece em sua obra, que trata de temas como exílio e deslocamento. Num dos contos de "Duas Mãos" (2003), por exemplo, a protagonista pensa em "portunhol". No romance "Algum Lugar" (2009), uma personagem faz uma pesquisa de doutorado nos EUA, como ela

Ricardo Lísias, 38, diz que partiu de incidentes "pessoais e traumáticos" em seus romances "O Céu dos Suicidas" (2012) e "Divórcio" (2013), mas que eles não refletem sua vida. Para especialistas, o paulistano, como bom representante da autoficção, alimentou o interesse por "Divórcio" ao fazer circular texto prévio ao livro revelando que se tratava de fato real

O gaúcho Michel Laub, 40, usou memórias em quase todos os seus romances, procedimento que recebeu mais atenção em "Diário da Queda" (2011), centrado num garoto de origem judaica, e "A Maçã Envenenada" (2013), sobre um jovem cumprindo serviço militar em Porto Alegre. Para o autor, basta juntar as narrativas para ver que as biografias se contradizem

"Antiterapias" (2012), premiado romance de estreia do mineiro Jacques Fux, 36, é definido pelo próprio autor como autoficção, termo em geral rejeitado por veteranos no Brasil. Ele parte de suas lembranças de infância como membro da comunidade judaica em Belo Horizonte. No texto, o narrador ressalta que, ao selecionar momentos para contar, está criando uma ficção

O catarinense Cristovão Tezza, 61, já tinha 14 livros de ficção publicados quando "O Filho Eterno" (2007) virou sensação, faturando todos os grandes prêmios de 2008. Seu primeiro e único romance francamente autobiográfico, sobre a relação com o filho com síndrome de Down, usava expediente incomum à autoficção, a narrativa em terceira pessoa


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