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Crítica drama

Espetáculo embaralha tempo e lugar para falar sobre sentimentos de culpa

CAROLIN OVERHOFF FERREIRA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

No palco estão amontoados mesas, cadeiras e armários. Crescem flores secas das gavetas. A cenografia (Flavio Graff) metafórica da complexidade da memória abriga uma trama surpreendente sobre os sentimentos de culpa e superação associados a ela.

A partir da ideia shakespeariana de que somos do mesmo material dos sonhos, "Caixa de Areia" de Jô Bilac, co-dirigida por Sandro Pamponet, embaralha tempos e lugares até decifrarmos a história.

O enredo imprevisível prende o espectador, que acompanha, curioso, o desvendamento das relações entre personagens e tempos. Essas ligações ficam tão estreitas que a protagonista Ana (Cris Larin e Júlia Marini) até contracena consigo mesma.

Mas as invenções dramatúrgicas não são correspondidas por personagens muito inventivas. Tanto o drama da protagonista quanto os seus conflitos com a mãe (Taís Araújo) e o marido (Jaderson Fialho) não vão além de lugares comuns.

Divertida, a mãe é, entretanto, apenas uma dona de casa estereotipada.

Ana é melhor elaborada, mas seu fardo é melodramático demais.

Com uma trama intrigante, uma bela cenografia e uma boa direção de atores, o espetáculo necessitaria de papeis com mais densidade, capazes de deixarem rastros.

CAIXA DE AREIA
QUANDO sex. e sáb., 21h; dom., 20h; até 15/12
ONDE Centro Internacional de Teatro ECUM (r. da Consolação, 1623; tel. 0/xx/11/3255-5922)
QUANTO R$ 40
CLASSIFICAÇÃO 14 anos
AVALIAÇÃO bom


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