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Herdeira compara rentabilidade à de Mickey e Xuxa

DE SÃO PAULO

Em vida, Tarsila do Amaral foi hábil ao cultivar sua autoimagem, a ponto de sua biógrafa cravar que ela associou as feições do rosto à sua obra "tal como uma marca adere a determinado produto e com ele se identifica".

Agora, as empresas aderem a Tarsila. Num negócio cada vez mais rentável, o nome da artista já serve para vender uma linha de perfumes da marca O Boticário, e em breve deve ilustrar estojos de lápis da Faber Castell.

"Meu pai fez grande propaganda da Tarsila a vida inteira, e hoje a gente está colhendo os frutos", diz Tarsila do Amaral, sobrinha-neta homônima da artista. "É claro que é lucrativo, como a Xuxa, o Mickey Mouse, mas isso ainda não se compara aos US$ 100 milhões por ano que a família do Picasso ganha."

No segmento de luxo, obras da artista também são reproduzidas como estampa de almofadas vendidas em lojas de design e inspiram linhas de joias, como seu "Abaporu" reproduzido em ouro.

O quadro de verdade, avaliado em cerca de US$ 40 milhões, está na coleção do Malba, em Buenos Aires, e foi alvo de recente cobiça do governo brasileiro quando esteve numa mostra em Brasília em março deste ano.

Tasilinha, como é conhecida a herdeira, diz ter ouvido a conversa em que a presidente Dilma Rousseff falou em comprar a obra do colecionador Eduardo Costantini. Segundo ela, Dilma disse que, para o Brasil comprar a tela, ele teria de "baixar a bola".

Em tempo, a herdeira planeja uma exposição da artista para fevereiro no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio e negocia uma grande mostra da tia-avó no Art Institute of Chicago, nos EUA, também no ano que vem.

(SM)

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