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Arnaldo Baptista lança todos os seus discos na internet

Acervo da fase pós-Mutantes inclui dois álbuns inéditos e está disponível em lojas online e serviços de streaming

Obra foi remasterizada e ganhou textos com comentários de outros artistas; cantor está produzindo novo CD

GUILHERME GENESTRETI DE SÃO PAULO

Arnaldo Baptista, 65, tem um fã de seis anos, de quem recebe cartas. O menino é provavelmente o mais novo entre os admiradores do músico, que está sendo descoberto pelos jovens.

É de olho nesse público que toda a discografia de sua carreira pós-Mutantes --oito álbuns, incluindo dois inéditos-- foi remasterizada e colocada nos sites de streaming Deezer e Rdio e nas lojas online iTunes e CD Baby.

"Acho que é pelo meu lado palhaço", diz ele à Folha, sobre o sucesso com o público mais novo. "Nos meus shows, eu vejo muita gente que nem tinha nascido na época dos Mutantes."

Até então, só o álbum "Loki", de 1974, estava na rede.

A ele se somam os discos mais hard rock, feitos com a banda Patrulha do Espaço: "Elo Perdido" e o ao vivo "Faremos uma Noitada Excelente" (gravados entre 1977 e 1978). O inédito "Elo Mais que Perdido" tem cinco faixas que ficaram de fora do primeiro.

Completam a coleção "Singin' Alone" (1982), "Disco Voador" (1987), "Let it Bed" (2004) e o também inédito "Shining Alone".

Esse último, um show gravado em 1981, traz Arnaldo tocando "Honky Tonk Women", dos Rolling Stones, e "Ovelha Negra", que ficou famosa na voz de Rita Lee, ex-parceira de Mutantes.

O favorito do acervo, ele diz, é "Singin' Alone", disco em que o músico toca todos os instrumentos.

"Nele eu me satisfaço porque sou só eu. Por mais que eu tivesse me envolvido com músicos bons, como o meu irmão [Sérgio Dias], sempre havia um senão que eu não gostava", afirma.

No Deezer (www.deezer.com/app/arnaldobaptista), os discos vêm acompanhados de comentários dos músicos Tom Zé, Lobão, Arnaldo Antunes, Lulina, Fernanda Takai e Fernando Catatau.

"É uma surra de sinceridade e emoção", escreve o último, sobre o experimental álbum de 1987, com versões em inglês e francês para "Balada do Louco", dos Mutantes.

OUTRO PLANETA

Quando não está pintando em seu estilo "exorrealista" ("o realismo de um habitante de outro planeta", explica), Arnaldo compõe. "Todo dia apronto uma coisa nova."

"Esphera", seu próximo disco, foi parcialmente gravado e aguarda patrocínio para completar a produção.

Os temas das próximas músicas? "Vegetarianismo, veículos elétricos e velocidade da luz", diz o músico.


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