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Crítica experimental

Fiéis a seus estilos, diretores vão além do entretenimento em obra dividida

CÁSSIO STARLING CARLOS CRÍTICO DA FOLHA

A reunião de três diretores num filme em que o 3D é experimentado mais do que um truque de entretenimento oferece alguma reflexão sobre a função e os limites da tecnologia.

No segmento do português Edgar Pêra, as origens do cinema são revisitadas com imagens estereoscópicas que representam como a vocação do espetáculo já se encontra desde os primórdios.

A abordagem de Peter Greenaway, fiel à concepção de imagens combinatórias que seduziram muitos em suas ficções, reduz o 3D a um recurso de exposição, hoje antiquado, em CD-Rom.

"Os Três Desastres", episódio concebido por Jean-Luc Godard, acaba sendo o centro das atenções.

Em vez de pretender algo de proporção espetacular, o cineasta prefere especular sobre a origem e o destino do 3D no cinema.

Em certa medida, Godard atualiza o recurso de sobreposição recorrente em seu "História(s) do Cinema".

O mais importante, porém, reside numa questão: como a perspectiva e a profundidade de campo anteciparam o que o 3D hoje vende como novidade?

Ao abordá-la, Godard esvazia o fascínio da tecnologia e realiza um filme feito para frustrar.


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