Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Ilustrada

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Exposição de fotos de artistas discute sobre o que é ser cool

Mostra na National Portrait Gallery reúne imagens de ícones da cultura americana como Elvis e Bob Dylan

Em cartaz até 7/9 em Washington, série inclui registros de Ron Galella, Annie Leibovitz e Cartier-Bresson

RAUL JUSTE LORES DE WASHINGTON

Cenário da série "House of Cards", a capital americana está fascinada com uma exposição que reúne retratos só de artistas cool --item raro em uma cidade onde os maiores astros são políticos.

Pequenas multidões se acotovelam nas salas da National Portrait Gallery para ver a mostra "American Cool", com fotos de cem americanos que personificaram o cool nacional, por fotógrafos como Ron Galella, Richard Avedon, Diane Arbus, Annie Leibovitz, Robert Mapplethorpe e Cartier-Bresson (em cartaz até 7 de setembro).

E o que é ser cool? O pioneiro do uso da palavra no atual sentido, nos anos 40, o saxofonista Lester Young, dizia que era "ficar relaxado em seu ambiente contra as forças sociais opressoras".

"Mas em uma geração virou senha para autocontrole com estilo", dizem os curadores da exposição, Frank Goodyear 3º e Joel Dinerstein. "É carisma com um toque sombrio, uma forma conquistada de individualidade."

A maior parte dos retratados foram malditos em suas épocas ou pertencem a minorias discriminadas (artistas negros, gays e mulheres dominam parte da mostra).

Para nostálgicos, é uma festa. As três primeiras partes (raízes do cool, pré-1940; o nascimento do cool, 1940-1959, o cool e a contracultura, 1960-1979) trazem um quem é quem dos rebeldes americanos, com grandes fotos de Dorothy Parker, Buster Keaton, Bessie Smith, Louise Brooks, William Burroughs, Jack Kerouac, Bob Dylan, Jimi Hendrix, Angela Davis e Woody Guthrie.

O jazz, a velha Hollywood e o movimento beatnik dominam boa parte das salas.

Os visitantes caminham acompanhados por uma trilha sonora arrasadora --de "Generique", de Miles Davis, a "Ruby, My Dear", de Thelonious Monk--, tocada discretamente pelo museu.

A exposição espertamente comprova como a fotografia teve um papel fundamental na construção desses ícones.

A última parte de "American Cool" é dedicada aos artistas contemporâneos --um crítico a comparou a uma lista da revista "Forbes" de artistas mais influentes.

Até Madonna e Jay-Z entraram na seleção.

Para os curadores, a mostra "não é a última palavra sobre o que é cool, mas o primeiro passo para começar uma conversa nacional sobre valores e atributos que admiramos em nossos ícones".


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página