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'Masters of Sex', o livro, soma mais de 10 mil orgasmos

Obra sobre dupla pioneira na pesquisa da sexualidade humana inspirou série de TV homônima, exibida no Brasil pelo canal HBO

ISABELLE MOREIRA LIMA DE SÃO PAULO

Quando entrevistou o médico William Masters no momento de sua aposentadoria em 2004, o jornalista investigativo e autor de biografias Thomas Maier foi perseguido por uma ideia fixa: precisava escrever sua biografia.

A motivação, mais que a vida pessoal do médico, era a história de como, junto à assistente Virginia Johnson, havia sido pioneiro na pesquisa da sexualidade humana.

Cinco anos depois, a ideia seria impressa no papel, sob o título de "Masters of Sex". A obra de Maier chega às livrarias do país nesta semana.

Masters e Johnson analisaram mais de dez mil orgasmos advindos de voluntários de suas pesquisas, entre eles jovens médicos, enfermeiras e amigos do casal.

Nos anos 1960, quando foi divulgada nos Estados Unidos, a pesquisa foi considerada revolucionária e gerou cerca de 700 notícias e resenhas. Mas, com o passar do tempo, os nomes dos dois foram praticamente esquecidos.

Hoje, a história da dupla norte-americana William Masters (1915-2001) e Virginia Johnson (1925-2013) voltou à tona graça à série homônima baseada no livro de Maier e exibida no Brasil pela HBO.

Após trabalharem juntos, Masters e Virginia acabaram se envolvendo amorosamente e se casando. Ficaram juntos por 20 anos e se separaram sem muito alarde.

"A relação deles tinha muito a ver com a incrível excitação de um homem e uma mulher descobrindo algo juntos. Eles tinham noção de que estavam fazendo algo que poderia lhes trazer fama e fortuna", afirmou Maier à Folha.

O trabalho do Thomas Maier começou em 2006, quando Masters já havia morrido. Após meses de negociação, conseguiu convencer Johnson a contar sua história.

Segundo o biógrafo, a principal motivação de Masters na pesquisa era deixar uma marca e ganhar um Nobel.

"Ele morreu sem esse reconhecimento e logo que apresentou o trabalho foi considerado um maluco pela sua própria universidade", disse Maier, sobre a Universidade Washington em Saint Louis.

Maier também ouviu médicos, pacientes e pessoas do círculo de amizade e familiar dos dois pesquisadores, além dos voluntários convencidos a participar do projeto, parte que o autor considera mais divertida de seu trabalho.

"É impressionante como muitos deles têm histórias vivas sobre aquela época e como se sentem honrados pela contribuição à ciência que deram, mesmo que isso tenha trazido problemas para suas vidas pessoais", afirma.

O livro foi publicado em 2009, mas, segundo o autor, não vendeu bem por causa da crise financeira que eclodira havia pouco nos EUA.

Por outro lado, resenhas positivas no "The New York Times" atraíram a atenção de estúdios de cinema e TV para comprar os direitos de adaptação. A segunda temporada da série estreia neste ano nos EUA.


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