Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Ilustrada

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Gestão de direitos autorais é debatida hoje no Supremo

Representantes do Ecad e classe artística serão ouvidos pelo ministro Luiz Fux; entre os expositores estão Lobão e Paula Lavigne

JULIANA GRAGNANI DE SÃO PAULO

As perspectivas do músico Lobão e da produtora Paula Lavigne sobre a gestão de direitos autorais no país devem se confrontar hoje em uma audiência pública sobre o tema no Supremo Tribunal Federal, em Brasília.

A sessão está marcada para começar às 14h.

No centro do debate está uma lei sancionada pela presidente Dilma Rousseff que estabelece a fiscalização do governo à arrecadação e distribuição dos direitos autorais, feita no país pelo Ecad. A lei está em vigor, mas ainda não foi regulamentada.

A norma foi aprovada no Senado em julho do ano passado com o apoio de Lavigne e músicos do Procure Saber, como Caetano Veloso e Roberto Carlos (que mais tarde deixou o grupo). Os artistas foram ao plenário pedir a aprovação do texto.

Do outro lado está o Ecad, contrário às mudanças. Duas ações, de autoria de associações pertencentes à entidade, questionam a lei na corte.

Lobão pertence ao grupo que discorda da lei. "É inconstitucional. Não podemos entregar a gestão dos direitos autorais para o governo, principalmente para o governo mais corrupto da nossa história", afirma.

Segundo o Ecad, o texto fere princípios constitucionais porque legitima a intervenção estatal em uma atividade de direito privado.

"O Ecad e seus argumentos estão fragilizados", diz um dos expositores, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), que presidiu a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investigou o Ecad em 2011 e deu origem ao projeto de lei. "O sistema anterior era anacrônico e voltado à corrupção."

A fiscalização, de acordo com ele, será feita por artistas e compositores.

A lei também aumenta o repasse de verbas (de 75% para 85%) aos titulares de direitos autorais --o restante corresponde a taxas administrativas do Ecad e associações.

Em 2013, o Ecad distribuiu R$ 804,1 milhões a quase 123 mil titulares de música.

A audiência pública foi convocada pelo ministro Luiz Fux, relator das ações que contestam a lei. Não há previsão, porém, de quando a corte julgará as ações.

O senador Humberto Costa (PT-PE), que foi relator da lei no Senado, e pessoas ligadas ao Ecad, como a superintendente da entidade, Glória Braga, e Fernando Brant, presidente da União Brasileira de Compositores, também participarão do debate, que prevê um total de 24 pessoas. Cada um terá dez minutos para se pronunciar.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página