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Coleção portátil

Site vende múltiplos virtuais de artistas como Damien Hirst e Tracey Emin só para tablets

Divulgação
Obra da artista Tracey Emin, à venda no site S[edition]
Obra da artista Tracey Emin, à venda no site S[edition]

SILAS MARTÍ
DE SÃO PAULO

Está escrito em néon: prometo amar você. Essa é a frase que Tracey Emin, uma das artistas britânicas mais respeitadas e lucrativas do cenário global, grafou numa de sua sobras luminosas.

Mas ela sabe que nem todo amor do mundo faz alguém pagar o preço de R$ 150 mil para ter uma dessas peças em casa. De olho nesse nicho menos abastado, ela criou um múltiplo virtual da obra, uma imagem em altíssima definição que pode ser baixada em tablets, celulares ou computadores por cerca de R$ 150.

"Quando você é artista e chega a um certo patamar, fica fora do alcance de muita gente", diz a artista em um vídeo publicitário. "Essa plataforma digital disponibiliza arte pura a outros compradores, e você pode ter um néon numa tela da sua sala durante uma festa, por exemplo."

Emin, que acaba de lançar um perfume e uma linha de acessórios para pets, é uma das artistas do time do S[edition], site lançado neste mês que também vende múltiplos de Michael Craig-Martin, Isaac Julien, Shepard Fairey e de Damien Hirst -mais badalado impossível.

No caso dele, campeão de vendas do site britânico, é possível comprar uma imagem em HD de um crânio de bebê forjado em platina e cravejado de diamantes.

"É algo único, como se a caveira fosse mesmo sair da tela em sua direção", descreve Robert Norton, um dos fudadores do site, à Folha. "Inventamos algo como o iTunes da arte contemporânea."

Mas da mesma forma que o serviço de vendas da Apple funciona, as obras vendidas no S[edition] só podem ser vistas em plataformas digitais. Não são objetos reais e, nesse caso, nem mesmo o arquivo original fica armazenado no aparelho do cliente.

"É preciso considerar o que é qualidade numa obra de arte, ver que parte dela é preciosa", diz Tim Noble, outro artista que vende suas obras no site. "Temos de pensar se arte é para ver ou possuir."

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