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Rock in Rio inspira produção em 2012

Dez musicais milionários estão previstos para o ano que vem no Brasil; quatro deles serão adaptações de filmes

Montagem baseada no festival carioca é a mais cara de todas; dupla de criadores responderá por outras quatro peças

Guido Melgar/Divulgação
Cena do musical "Hair", que estreia em SP em janeiro
Cena do musical "Hair", que estreia em SP em janeiro

GABRIELA MELLÃO
MILENA EMILIÃO
DE SÃO PAULO

Os produtores de musicais criaram um cardápio variado para 2012. As opções são numerosas e apostam alto no investimento: "Rock in Rio", o mais caro de todos, chega a R$ 10 milhões.

Quatro grandes sucessos do cinema ganham transposições inéditas nos palcos brasileiros: "Fame, o Musical" e "Xanadu", que revisitam os anos 1980 -o segundo com um elenco estrelado por Danielle Winits e Sidney Magal, entre outros; "Priscilla, A Rainha do Deserto", que celebra a cultura gay; e o clássico "O Mágico de Oz", considerado o melhor filme familiar de todos os tempos.

A produção de "Mágico" é de Claudio Botelho e Charles Möeller, dupla responsável pelos principais musicais do país desde o final da década de 1990, quando houve o renascimento do gênero.

A adaptação da Royal Shakespeare Company, considerada a mais fiel ao filme homônimo, possui as canções que garantiram notoriedade ao clássico protagonizado por Judy Garland (a história da atriz está em cartaz no Rio -ao lado, leia mais sobre "Judy Garland - O Fim do Arco-Íris".).

"O Mágico de Oz" foi orçado em R$ 8,5 milhões. Segundo Botelho, é um dos espetáculo mais caros produzidos pela dupla. "Há muitos efeitos de voo e mágica, 40 atores e bailarinos", justifica ele.

A dupla tem outras três novidades: na metade do ano, estreia o melodrama "Verônica ou 13", segunda parte da trilogia que se iniciou com "7", ambas criações originais de Möeller e Botelho.

"Rock in Rio - O Musical" parte dos repertórios das quatro edições do festival homônimo e do lema "por um mundo melhor" -a ideia surgiu do idealizador do evento, Roberto Medin- e tem estreia prevista para outubro; e, no início de 2013, José Mayer será o protagonista de "Kiss Me, Kate", de Cole Porter.

O ator hoje é a estrela de "Um Violinista no Telhado", que tem orçamento de R$ 7,2 milhões. Chega a São Paulo em 22 de março de 2012.

É da Aventura Entretenimento, empresa da qual Möeller e Botelho são sócios, outra estreia paulistana prevista para o começo de janeiro: "Hair". Com 50% do elenco renovado depois da temporada carioca, a peça é um marco da era hippie e da revolução sexual. O investimento é de R$ 5,1 milhões.

A Time for Fun, empresa que montou no país obras como "O Fantasma da Ópera", está produzindo "Família Addams", que faz homenagem ao bizarro e tem Marisa Orth no papel de Mortícia. É inspirado no clã idiossincrático criado nos anos 1930 pelo cartunista Charles Addams.

O cardápio de 2012 tem ainda uma opção brasileiríssima. "Tim Maia - Vale Tudo", adaptado do livro "Vale Tudo - O Som e a Fúria de Tim Maia", de Nelson Motta, pelo próprio e pelo diretor João Fonseca.

A obra reconta a trajetória de Tim Maia, encarnado com precisão "mediúnica" por Tiago Abravanel. A trilha costura composições de cunho autobiográfico do músico. A temporada no Rio foi muito elogiada e o sucesso deve se repetir em São Paulo.

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