Índice geral Ilustrada
Ilustrada
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Novo IMS empilha espaços expositivos

Arquitetos Marcelo Morettin e Vinicius Andrade projetam museu vertical para ser futura sede do centro cultural

Prédio terá três salas expositivas, biblioteca, cinema e auditório e deverá receber grandes exposições temporárias

SILAS MARTÍ
DE SÃO PAULO

Um prédio de vidro na avenida Paulista será a nova sede do Instituto Moreira Salles em São Paulo. No lugar da casa acanhada que divide com uma agência bancária em Higienópolis, o centro cultural pretende construir até 2014 um novo museu vertical.

Serão três salas expositivas empilhadas uma sobre a outra, todas com pé-direito duplo para abrigar obras de arte de grandes dimensões.

Foi essa a solução que os arquitetos Marcelo Morettin e Vinicius Andrade, nomes fortes da nova arquitetura paulista, encontraram para abrigar 1.200 metros quadrados de área expositiva num terreno estreito entre a Bela Cintra e a rua da Consolação.

O projeto segue alguns preceitos clássicos do modernismo forjado no Brasil, como um andar térreo que se funde com a calçada e a predominância de ângulos retos.

Mas também incorpora elementos contemporâneos, como a distribuição vertical e a fachada translúcida, que deve expor os espaços internos ao movimento da Paulista.

"É um material afastado da fachada original, como uma segunda pele, que revela um pouco do interior sem expor tudo", explica Morettin. "Esse museu não poderia dar as costas para a Paulista. A gente se preocupou em criar uma relação franca com a cidade."

De certa forma, o novo IMS lembra dois outros projetos recentes de centro cultural vertical: o Museu da Imagem e do Som, que está sendo construído no Rio pelo escritório americano Diller Scofidio + Renfro, e o New Museum, projeto da dupla japonesa Sanaa, em Nova York.

Mas enquanto Manhattan tem um prédio que lembra caixas empilhadas, forradas com uma treliça metálica também translúcida, São Paulo terá uma enorme caixa retangular abrigando uma série de volumes irregulares, que desafiam as linhas ortogonais de fora.

"Tivemos vontade de fazer um prédio forte, que se impusesse na Paulista", diz Morettin. "Mas os espaços lá dentro quebram essa imagem, criam um contraponto entre suas formas mais livres e a concisão da fachada."

ESTREIAS EM SP

Além das três salas de exposição, o museu terá uma biblioteca de fotografia, um auditório e um cinema. Tudo isso faz parte da estratégia do IMS de ampliar a presença em São Paulo, onde até hoje só realizou grandes mostras em parceria com outros museus.

Mantendo todo seu acervo na sede carioca, o instituto pretende usar os espaços livres no novo museu para abrigar mostras temporárias maiores e mais frequentes.

Segundo Flávio Pinheiro, superintendente do IMS, a ideia é que as exposições passem a estrear em São Paulo e depois seguir para o Rio, ao contrário do que ocorre hoje.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.