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'Teus Olhos Meus' conquista público e prêmios de festivais

Estreante, diretor Caio Sóh venceu nomes como Selton Mello

AMILTON PINHEIRO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O anúncio do prêmio de melhor filme de ficção segundo o público da última edição da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo causou surpresa. Não havia um só jornalista, diretor de cinema ou pessoa envolvida com o meio cinematográfico que conhecesse ou tivesse ouvido falar em Caio Sóh, diretor de "Teus Olhos Meus".

Durante a Mostra, o longa não recebeu atenção dos jornalistas que cobrem o festival. Mesmo após a premiação, o silêncio perdurou, o que é curioso, dado que Caio Sóh venceu diretores como Selton Mello ("O Palhaço") e Beto Brant ("Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios").

"Não consigo entender por que ninguém quis falar sobre o meu filme. Será por conta da temática, de abordar um tema tabu, de uma certa precariedade técnica do filme?", questiona Sóh.

O filme, segundo o diretor um tanto autobiográfico, conta a história do jovem Gil (Emílio Dantas), que adora beber, tocar violão e encontrar os amigos e a namorada. Numa noite, discute com o marido de sua tia (Paloma Duarte) e sai de casa. Em seguida, encontra um homem maduro, o produtor musical Otávio (Remo Rocha), com quem se envolverá.

AÇÃO ENTRE AMIGOS

A produção foi realizada com um orçamento inferior a R$ 5 mil, uma câmera na mão, ajuda de amigos atores -que não receberam cachê e cederam suas casas para locações- e todas as dificuldades esperadas para um filme sem recursos.

"Se não fosse a ajuda dos amigos, seria impossível fazer esse projeto", afirmou o diretor à Folha, em João Pessoa (PB), quando subiu ao palco para receber mais um prêmio de público, na noite de encerramento da sétima edição do Fest Aruanda, que aconteceu no último dia 14.

Sóh não se considera um cineasta, mas um ator/poeta. Apesar disso, ele conta já ter planos para um longa protagonizado pelos atores Otávio Muller e Vladimir Brichta, a ser rodado no primeiro semestre de 2012.

No caso de "Olhos", ele diz ter sonhado com a história do filme e, no dia seguinte, escrito a versão quase definitiva do roteiro. Os trunfos do longa são a montagem baseada em cortes ágeis, a trilha sonora assinada por Maria Gadú (em parceria com Maycon Ananas e Aureo Gandur) e uma direção de atores competente.

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