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Virada Cultural reduz o número de shows na rua

Programação inclui Uriah Heep, Stanley Jordan e Valesca Popozuda

Prefeitura prioriza atrações em locais fechados na madrugada para evitar arrastões e volta a incluir periferia

JULIANA GRAGNANI DE SÃO PAULO

Espere menos virada da Virada Cultural. O festival que acontece nos dias 17 e 18 em São Paulo terá número de atrações ao ar livre na madrugada reduzido em relação a 2013, segundo a prefeitura.

O evento também voltará a ter shows fora da área central. As mudanças tentam reduzir a violência, que marcou a Virada anterior, e recolocar no circuito a periferia, que ficou de fora em 2013.

O evento espalha shows gratuitos pela cidade há dez anos. Neste, uma preocupação é com a ocorrência de protestos. A Folha apurou que a prefeitura cogitou adiar o festival para depois da Copa, mas a ideia não foi aceita na Secretaria de Cultura, porque seria admitir incapacidade de lidar com a situação.

O secretário, Juca Ferreira, nega. Diz não ter medo de manifestação e crer que a Copa não esvazia a Virada. "Ao contrário, será aperitivo."

Para o secretário, a estratégia de deslocar algumas apresentações da madrugada para locais fechados não descaracteriza a Virada. "A redução é insignificante. A Virada continua sendo Virada", diz, sem citar números.

Os CEUs (Centros Educacionais Unificados) voltam a ser incluídos no circuito. São Paulo tem 45 desses prédios (equipados com quadras e teatros), a maioria nas regiões leste e sul. A prefeitura não informa quantos e quais receberão atrações.

"Quero mais é que incluam tudo. Os CEUs têm um palco tão bom, dá para fazer uma coisa maravilhosa", diz a ministra da Cultura, Marta Suplicy, que fez desses espaços seu carro-chefe quando foi prefeita (2001-2004).

Mas Juca Ferreira diz que a região central continuará sendo o núcleo do festival. Ele defende a convivência no centro e diz que planeja políticas contínuas para a periferia, não só por um dia.

Clara Lobo, que faz a curadoria de cinema da Virada, reforça: "Uma vez por ano, é válida a proposta centrípeta".

Evandro Fióti, outro curador da Virada e irmão do rapper Emicida, diz entender "a proposta de ocupar o centro", mas ressalta: "Tem que ter coisa na periferia".

"É pena que a Virada não tenha atingido a periferia no ano passado, ainda mais com a dificuldade de mobilidade urbana. Qualquer atividade já faria diferença", diz Josué Amaral, 25, representante do grupo Periferia Ativa.

PROGRAMAÇÃO

A programação oficial não foi divulgada. Já se sabe, porém, que o Ira! marcará sua volta em um palco da Virada.

O grupo britânico de hard rock Uriah Heep, sucesso nos anos 1960, tocará no palco principal. Lá também se apresentam o jazzista americano Stanley Jordan e o guitarrista Mark Farner, da banda de blues Grand Funk Railroad, famosa nos anos 1970.

A atriz Denise Stoklos encenará "Carta ao Pai" ao ar livre. A funkeira Valesca Popuzuda e a atriz Elke Maravilha farão show no largo do Arouche; a cantora Rosanah cantará no palco brega.

A banda gaúcha Apanhador Só está garantida no palco da 25 de Março. Estão convidados para lá os músicos Silva, Guilherme Arantes, Juçara Marçal, Filipe Catto, Marcelo Jeneci, Tiago Iorc, Tulipa Ruiz e Karina Buhr.

No mais, sabe-se que o Anhangabaú será palco de grupos de dança, e a praça Roosevelt, do circo.

Na Virada de 2013 houve arrastões e roubos, 28 detenções e duas mortes. O horário crítico foi entre 2h30 e 5h.

Segundo a Secretaria da Segurança do Estado, 3.400 PMs fizeram o policiamento. O público foi de 4 milhões.

A Secretaria de Cultura espera público igual em 2014. A PM informou que o planejamento operacional para esta edição não está pronto.


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