Texto Anterior
|
Próximo Texto
| Índice | Comunicar Erros
Crítica Sertanejo Hits até podem animar a balada, mas dão ressaca no dia seguinte MARCUS PRETODE SÃO PAULO Em artistas de projeção explosiva, mas parco estofo musical, como é o caso de Teló, o raio do sucesso pode até cair duas vezes no mesmo lugar. Mas não resiste ao senso crítico do passar do tempo. Ainda que haja inegável faísca pop em "Fugidinha" e "Ai se Eu te Pego", faixas que ele tornou hits incontestáveis, nada na maçaroca sonora que as embala consegue sobreviver ao dia seguinte da balada. A ressaca é não conseguir tirar aquela música insuportável da cabeça. Teló faz algo que poderia ser chamado de "lambanejo", mix em que lambada e sertanejo são os ingredientes principais. Mas há também pagode, balada, eletrônica etc. Seu investimento no futuro é nenhum. Como o sujeito é capaz de, em três CDs lançados na carreira, ter apenas um gravado em estúdio? "Na Balada", o mais recente, é deficiente também por isso. Nele, é a plateia que canta, não o cantor no palco. Consolidado a partir dos CDs de axé pós-Banda Eva, esse formato "canta, meu povo" é invenção da indústria fonográfica mais popular para reforçar a sensação de que estamos diante de um ídolo inquestionável. Mas há muitas questões em torno de Teló. A maior delas: ainda que encontre outras canções com a "magia" e "potencial para ser hit" (palavras dele) de "Ai se Eu te Pego" e "Fugidinha", repetir a piada ainda vai fazer alguém rir? É bom mesmo que ele esteja fazendo seu pé-de-meia. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |