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Crítica

'Chico Xavier, o Filme' vem a calhar em época de esperança

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Como o Natal é uma época de esperança, e como disso o brasileiro (pobre, em particular) se alimenta, "Chico Xavier, o Filme" (Megapix, 22h, livre) -dirigido pelo carioca Daniel Filho, com roteiro assinado por Marcos Bernstein- é um programa que vem a calhar.

O mineiro Chico Xavier (1910-2002) era, como se sabe, um médium, ou seja, comunicava-se com o além, de onde trazia copiosos relatos dos espíritos.

Não há milagre aqui, portanto: apenas a asserção de uma existência após a morte em que, no entanto, continuamos a ser nós mesmos.

Em especial, as pessoas que perdem familiares (filhos em particular) aceitam a mediação de Chico.

Assim como os milagres, esse tipo de intervenção quer nos levar a crer numa divindade que seria capaz de operar maravilhas.

E, no entanto, por mais que se repitam, não conseguem nos certificar da existência desse mundo póstumo que trata o filme.

Nele só se pode apostar, como fazia Pascal.

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