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Festival de Inverno faz 'noite alemã' hoje

Craque da trompa, Stefan Dohr, da Filarmônica de Berlim, toca no concerto da Sinfônica Brasileira em Campos do Jordão

Roberto Minczuk rege a orquestra em programa que tem apenas obras de alemães: Strauss, Wagner e Brahms

GISLAINE GUTIERRE DE SÃO PAULO

O Festival de Inverno de Campos do Jordão terá, neste sábado (12), às 20h30, seu primeiro e único concerto para trompa desta 45ª edição. E será com um craque no instrumento: Stefan Dohr, 48, o primeiro trompista da Filarmônica de Berlim.

A apresentação ocorre no auditório Claudio Santoro, em Campos do Jordão (181 km de São Paulo) com a OSB (Orquestra Sinfônica Brasileira) regida por Roberto Minczuk.

No programa, há apenas obras de alemães: Richard Strauss (1864-1949), Richard Wagner (1813-1883) e Johannes Brahms (1833-1897).

O concerto será não só um momento raro no festival como reunirá experts na trompa: o maestro toca o instrumento desde os nove anos e Strauss, autor do "Concerto nº 1 para Trompa e Orquestra em Mi Bemol Maior, Op.11" teve intimidade com o instrumento por ser filho de trompista.

"Strauss era muito jovem quando compôs este concerto, mas ele sabia exatamente o que queria. E esta é uma peça de uma confiança e ousadia incríveis, além de muito bonita", diz Stefan Dohr.

Segundo Minczuk, o compositor devia ter uns 17 anos quando a fez e sua intenção não era fazer uma peça difícil, mas bela. Do solista, porém, a obra pede resistência na embocadura para que as longas frases melódicas sejam concluídas com qualidade.

"O Stefan tem uma resistência como nenhum outro", diz Minczuk, lembrando que em outro concerto com a OSB ele foi um dos solistas em uma obra e em seguida entrou na orquestra para tocar outra.

"Pouquíssimos fazem isso", diz o maestro. Para Minczuk, essa qualidade, somada ao "domínio técnico impecável" e a "um som maravilhoso", fazem de Dohr "um dos melhores trompistas do mundo na história".

Antes de ver a performance do solista, o público poderá conferir um Wagner "apaixonadíssimo", que tinha acabado de ser pai. "O Idílio de Siegfried", que leva o nome de seu filho, foi feito para sua mulher, e tocada para ela em casa, no seu aniversário.

A obra "é de uma melodia singela, delicada e romântica", segundo Minczuk, mas que não cai na pieguice.

Brahms, que na Europa do século 19 disputava com Wagner as atenções do público, terá sua "Sinfonia nº 1" tocada no encerramento.

A peça, que levou 20 anos para ser concluída, é, segundo Minczuk, "uma das mais queridas tanto dos intérpretes como do público".


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