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Maestro da Sinfônica de Boston rege Osesp

Aos 34 anos, o carioca Marcelo Lehninger é um dos regentes jovens brasileiros mais prestigiados da atualidade

Músico comanda a orquestra de hoje a sábado (19) na Sala São Paulo e domingo (20) em Campos do Jordão

GISLAINE GUTIERRE DE SÃO PAULO

Quando o maestro Marcelo Lehninger subir ao pódio da Sala São Paulo, nesta quinta (17), às 21h, para reger a Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo), fará uma espécie de volta ao tempo. É que no programa está a sinfonia "Pastoral" de Beethoven, obra que marcou sua entrada definitiva nessa carreira.

A peça será tocada em São Paulo de quinta a sábado (19), e no domingo (20), no Festival de Inverno de Campos do Jordão, junto com a estreia mundial de "Variações Temporais - Beethoven Revisitado", encomenda da Osesp para Ronaldo Miranda, e "Concerto para Piano nº 1", de Liszt (1811-1886), com o solista russo Kirill Gerstein.

A"Pastoral" foi uma das obras que deu ao maestro de 34 anos o segundo lugar no concurso para jovens regentes Eleazar de Carvalho, em 2001. "Foi a primeira vez que regi uma orquestra profissional", diz Lehninger, referindo-se à Petrobras Sinfônica.

Hoje, Lehninger é regente associado da Sinfônica de Boston --fundada em 1881 e uma das melhores orquestras dos EUA-- e diretor artístico e regente titular da Sinfônica de New West, em Los Angeles.

Sob sua batuta, já tocaram orquestras como a Filarmônica de Berlim e solistas como o pianista Nelson Freire.

"O Lehninger é o regente jovem brasileiro de maior sucesso no mundo. Na geração dele não tem ninguém com essa experiência e esse prestígio", diz o diretor artístico do Festival de Inverno, Arthur Nestrovski.

Filho da pianista Sônia Goulart e do violinista Erich Lehninger, que foi spalla da Osesp sob o comando de Eleazar de Carvalho, passou a infância ligado à música.

"Quando era criança, ele ficava embaixo do piano enquanto eu tocava. Fazia lição, brincava, tudo. Eu tinha medo daquilo ferir os tímpanos dele", ri a mãe, Sônia Goulart.

Aos cinco anos, ele iniciou o aprendizado do violino e aos 12 passou para o piano, já interessado em ser maestro.

"Quando ele era adolescente, virava a noite no ônibus, vindo do Rio, onde morava com a mãe, só para me acompanhar de manhã no ensaio da Osesp", conta o pai, Erich.

"Eu era fascinado pelo ambiente, pelo espírito de fazer música coletiva", diz o filho.Tímido, quase não falava com Eleazar, mas observava tudo.

Lehninger diz que sua carreira tem sido construída passo a passo, e gosta que seja assim. "É bom porque quando vem um novo desafio, sei que estou pronto para ele."


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