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Beethoven e Vivaldi abrem nova coleção

'Mestres da Música Clássica' chega às bancas a partir de domingo, apresentando 25 compositores fundamentais

A cada semana, um novo livro-CD mostra vida e obra de músicos, além de um disco com faixas comentadas

DE SÃO PAULO

Beethoven e Vivaldi abrem neste domingo (3) a nova Coleção Folha Mestres da Música Clássica, que vai apresentar vida e obra de 25 compositores fundamentais na construção da identidade sonora do Ocidente.

No domingo (3) saem simultaneamente, os volumes 1 e 2. Depois, a cada domingo, um novo livro-CD sobre um compositor diferente chegará às bancas, com textos que narram a biografia de cada um, analisam sua obra e comentam o repertório do disco que integra o volume.

"Os textos têm abordagem bem contemporânea, foram feitos por profissionais atentos ao que acontece hoje. Não são textos que estavam engavetados e agora foram traduzidos", diz o editor da coleção, Carlos Calado.

São quase três séculos de história da música nos volumes que tratam de autores como Chopin, Haydn, Bach, Liszt, Villa-Lobos.

As músicas dos álbuns que compõem os livros-CD são todas da Deutsche Grammophon, gravadora alemã fundada em 1898 que é referência na música clássica.

No primeiro volume, de Beethoven (1770-1827), há a famosa "Sinfonia nº 5" --aquela do tã-tã-tã-tãn-- e a "Sinfonia nº 7", ambas gravadas pela Filarmônica de Berlim, uma das melhores orquestras do mundo, sob a batuta de Herbert von Karajan.

Na biografia, o músico e professor Sergio Molina reconstrói a trajetória de Beethoven apresentando fatores que interferiram em seu processo de composição, mas também mostrando como sua música permanece atual.

"O Beethoven às vezes faz cortes, muda de atmosfera radicalmente na música e esse tipo de corte é mais fácil de entender comparando-a ao cinema: você está assistindo a uma coisa, corta para outra, e ninguém estranha. Beethoven foi o primeiro a fazer isso", diz Molina.

O professor acrescenta que o autor alemão tem obras de impacto, para quem é conhecedor de música ou não. "As pessoas podem gostar da quinta e da nona sinfonia, mesmo sem gostar de música clássica", diz Molina.

De Vivaldi (1678-1741), tema do volume 2, o leitor acompanhará a história do italiano que foi dos mais produtivos, além de expoente do barroco, antes de Bach.

Ele criou 450 concertos, além de motetos, serenatas, árias, oratórios, cantatas profanas e ao menos 47 óperas."Ele era um grande experimentador, inclusive nas formações", diz o autor da biografia do livro-CD, o colunista da Folha, Manuel da Costa Pinto.

Isso se reflete, por exemplo, no "Concerto em Dó com molti instumenti" que está no CD e que agrega instrumentos como teorba (parecida com alaúde) e chalumeau (sopro). "Eu brinco que parece uma jam session, porque cada instrumento toca numa hora", diz Manuel.

Vivaldi só foi redescoberto nos anos 1920, quando Bach, que era influenciado pelo italiano, passou a despertar interesse. Bach será o tema do volume 3 da coleção, e Mozart, no volume 4.


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