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Televisão

'Sítio do Picapau Amarelo' volta em desenho animado

A 1ª temporada é baseada em 'Reinações de Narizinho' e custou R$ 4 mi

Nova versão é mais acelerada, mas mantém paisagens do interior; programa estreia no sábado, na Rede Globo

MAYRA MALDJIAN
DE SÃO PAULO

"Boneca de pano é gente, sabugo de milho é gente." E agora, veja só, Emília, Visconde de Sabugosa e toda a turma do "Sítio do Picapau Amarelo" viraram também desenho animado.

Depois de um bocado de adaptações feitas para a TV brasileira com atores de carne e osso (a última é de 2001), a série baseada na obra de Monteiro Lobato reestreia na Globo, em 7 de janeiro, no formato inédito de animação.

Parceria da emissora com a produtora Mixer, o projeto, que começou a andar em 2010, teve o empurrãozinho de um incentivo fiscal: captou R$ 3 milhões por meio da Lei do Audiovisual. Cada temporada custa R$ 4 milhões.

A primeira delas tem 26 episódios, todos inspirados em "Reinações de Narizinho". Item de cabeceira de crianças de diversas gerações, o livro completou 80 anos em 2011.

"Criei os capítulos a partir de trechos que Lobato acabou não aprofundando no livro, mas que rendiam boas histórias", conta o roteirista Rodrigo Castilho. "Assim, consegui ser fiel à obra e fazer esse universo fantástico caber em 11 minutos."

GOIABADA MODERNA

A duração dos episódios não foi o único desafio. Para conquistar a criançada de hoje, o desenho precisava ser ágil e visualmente atraente.

O resultado foi um traço estilizado simples, com ares de animê, e cenários extremamente coloridos. Emília, que é originalmente espevitada, fala ainda mais. Até Dona Benta está mais acelerada.

"O desenho é moderno, digital, mas humanizado, alinhado com o que vemos na TV atualmente", conta o diretor Humberto Avelar. "A gente também teve a preocupação de retratar o Brasil, as paisagens do interior de São Paulo, do Rio, de Minas".

Gilberto Gil, autor do tema que se tornou marca registrada do "Sítio", também entrou na dança, e dobrou a velocidade da canção.

"Passamos a ele uma versão sem cor nem movimento", conta Avelar. "Ele captou o ritmo do desenho na hora."

Ricardo Lobato, bisneto do autor, acompanhou o projeto desde o início com a família: "A versão ficou divertida! E o mais importante: dá para sentir a essência do sítio".

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