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RONALDO LEMOS ronaldolemos09@gmail.com

Brasil fala muito e faz pouco sobre inovação

O modelo de desenvolvimento do Brasil vem flertando com o século 19: o fantasma da desindustrialização ressurge, e o país parece contente como fornecedor de matérias-primas.

Apesar disso, nunca se falou tanto em "inovação". Só aqui na Folha, o termo apareceu 776 vezes em 2011, contra 355 em 2005. O tema está na pauta.

Enquanto falamos, outros países fazem ações concretas. A cidade de Nova York acaba de anunciar a conclusão de um impressionante processo para a criação de um instituto de ciências aplicadas.

O vencedor foi um consórcio da universidade de Cornell com a israelense Technion (Columbia e Stanford foram derrotadas). O projeto é de US$ 2 bilhões e quer transformar o pouco conhecido bairro de Roosevelt Island (onde funcionou uma prisão e um hospital de varíola) em competidor do Sillicon Valley.

O Japão segue a mesma linha. Em novembro de 2011, inaugurou o Instituto de Ciência e Tecnologia de Okinawa. Liderado por cinco ganhadores do Nobel, aboliu "departamentos" e quer colocar o quer colocar o Japão de volta ao trilho tecnológico. A ideia é a mistura: especialistas de áreas diversas trabalham juntos.

Os projetos impressionam, mas têm um ponto fraco. Ainda falta criar no mundo um centro de inovação tecnológica voltado para a base da pirâmide: os 5 bilhões de pessoas que não têm dinheiro para comprar Apple, mas nem por isso vão deixar de consumir e de se beneficiar da tecnologia.

É aí que está o futuro do consumo tecnológico, área de inovação é pouco explorada. Os mercados no topo da pirâmide estão saturados (e vão ficar ainda mais com as duas novas instituições). É uma oportunidade para o Brasil liderar e incluir a tão falada inovação no seu modelo de desenvolvimento.

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