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Nova safra de estilistas redefine o luxo em Paris

Geração à frente de marcas lendárias renova look esportivo em semana de moda

Alexander Wang, para a Balenciaga, e Alessandro Dell'Acqua, para Rochas, marcam passarela com elegância e feminilidade

PEDRO DINIZ ENVIADO ESPECIAL A PARIS

Há uma mudança de estilo e padrão em curso na moda francesa. E ela não vem de nomes conhecidos da costura local. Uma nova geração de estilistas vindos de todas as partes do globo, convidados a assumir grifes importantes como Rochas e Balenciaga ou encarando o desafio de construir sozinhos o próprio nome, redefinem a ideia do que se entende por luxo.

No primeiro dia de desfiles da semana de moda de Paris, nesta terça-feira (23), o belga Anthony Vaccarello, 32, reverenciou o look esportivo e a pegada jovem dos anos 1990.

Aplicando letras gigantes em minissaias, minivestidos e outras peças que mostram o corpo --ele aplicou a mesma ideia em Nova York em sua ótima coleção para a Versus Versace--, Vaccarello reafirma sua alcunha de cara mais quente do "novo sexy", que nada tem vulgar, aliás.

Tão original quanto ele é o belga Dries Van Noten, 56. Em sua marca homônima ele testa novas construções de vestidos e conjuntos de camisa e calça soltas do corpo, num emaranhado de cores e brocados que remetem aos 1970.

Sua passarela, com uma instalação da artista argentina Alexandra Kehayoglou, reproduzia um jardim verde, fazendo par com o novo hippie chique que ele propõe.

O novo "statement" da moda internacional encontra no americano de ascendência taiwanesa Alexander Wang, 30, um dos nomes mais significativos da onda de jovens à frente de marcas lendárias. No desfile para a Balenciaga, na quarta (24), ele sepultou as comparações que a imprensa fazia entre seu trabalho e o do antigo diretor criativo da marca, Nicholas Ghesquière.

Ele imprimiu no verão 2015 da marca sua veia urbana e a silhueta elegante de sua marca homônima, com incursões precisas de alfaiataria em calças ajustadas e casacos bem trabalhados em recortes geométricos e brilhos pontuais.

O desejo de olhar para a frente e abolir o excesso de suntuosidade e dar espaço à imagem saudável dos esportistas também guia a coleção do croata Damir Doma, 33.

Sua coleção de verão 2015, apesar de beber da fonte da androginia de temporadas passadas, revê o guarda-roupa masculino (camisas largas, bermudas jeans de alfaiataria e ternos) com uma generosa pincelada de feminilidade em looks esportivos.

Feminilidade que a Rochas tanto preza --apostou no estilista italiano Alessandro Dell'Acqua, 51, para revivê-la.

Em sua segunda coleção para a grife, ele joga aplicações de flores em vestidos de silhueta ampla, feitos com um trabalho minucioso de rendas de camadas de seda.

A mistura da silhueta pijama com a parte de cima do vestido arrematada com elementos da camisa polo resultou na imagem de moça comportada, mas nada boba que as francesas gostam de desfilar na rua.


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